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A mostrar mensagens de 2010

O Natal de Cristo

“Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e será o Seu Nome EMANUEL” (Isaías 7:14). O Natal é um sinal dado por Deus ao Seu povo. Um sinal revelador da Sua omnipotência, pois para o Altíssimo nada é impossível. Um sinal revelador da Sua infinita graça e misericórdia para com o Seu povo. Um sinal revelador da presença contínua de Deus no meio do Seu povo. O Natal deve assim tornar-nos conscientes de que a redenção e salvação dos homens é obra exclusiva de Deus por meio de Jesus Cristo, o Seu Filho amado. Uma obra que o Espírito de Deus opera no interior de cada pecador salvo pela Sua graça e pelo Seu eterno amor. Muitos cristãos nos nossos dias planeiam reavivamentos espirituais nas suas igrejas porque esquecem que um genuíno reavivamento não é obra dos homens, nem pode ser planeado pelos homens, visto ser obra de Deus e segundo o próprio propósito Divino deliberado no Seu eterno Conselho. Talvez a maior ignorância do

O CICLONE

Quando nos recordamos da nossa adolescência e juventude não podemos deixar de ficar perplexos ao constatarmos como, em tão poucos anos, o meio Evangélico mudou radicalmente. É mais difícil explicar a rapidez das mudanças do que as próprias mudanças… O que nos constrange é termos de concluir que uma tal rapidez nas mudanças significa falta de convicções e de fundamentos sólidos nas lideranças eclesiásticas que permitiram tais e tão radicais transformações. As nossas igrejas foram varridas por um ciclone de conformação com o mundo neste presente século. As sociedades degradaram-se e corromperam-se em termos espirituais, morais e éticos, e as igrejas que deveriam ser um travão a tal degradação e corrupção acabaram também elas por serem influenciadas pela sociedade. O Senhor Jesus deixou no mundo os Seus discípulos para serem o sal e a luz, para influenciarem a sociedade e não para serem influenciados por ela. O que vemos, porém, é uma igreja que anda a reboque do mundo, procurando agradar

A POBREZA

É vulgar ouvir-se falar no nosso meio Evangélico do “pecado da pobreza”… cremos que tal expressão não é correcta. De facto, a pobreza no mundo é consequência do pecado, e só poderá ser erradicada quando o pecado o for também. Ora, todos nós sabemos que tal só sucederá quando Cristo voltar, a fim de implantar o Seu reino de justiça e verdade! Enquanto houver pecado no mundo a pobreza será um dos seus frutos visíveis; e quanto maior for o domínio do pecado, maior e mais extrema será a pobreza na humanidade. Compete aos cristãos, não propriamente erradicar a pobreza do mundo, mas sim, à medida que for feita a evangelização dos homens, procurar responder igualmente às necessidades físicas e materiais daqueles que são alvo dessa evangelização. A missão da Igreja é testemunhar de Jesus Cristo e da salvação que Ele nos dá mediante a fé no Seu sacrifício redentor e no Seu sangue vertido na cruz para expiação dos nossos pecados; testemunhar ainda da Sua ressurreição e vitória sobre a morte, gar

CONHECER DEUS?

Recebemos um convite para “conhecermos Deus” através de “um percurso interactivo” que nos ligaria à vida… Convite que nos fez reflectir sobre o significado real de conhecermos a Deus, e como conhecê-Lo verdadeiramente. Damos graças ao Senhor pelo facto de, unicamente pela Sua graça, já O conhecermos! Na verdade, Deus revela-Se aos homens em Jesus Cristo e por Jesus Cristo, e só na Escritura Sagrada encontraremos o testemunho fidedigno dado por Jesus que nos revela perfeitamente o Pai. Nunca os homens conhecerão a Deus se Este não Se revelar a Si mesmo. E é pelo Seu Espírito e através da Bíblia que o Senhor Se revela aos pecadores e lhes dá entendimento para compreenderem a Sua revelação, aceitá-La e assim passar a conhecê-Lo em Cristo Jesus, a fim de terem a vida eterna. É certo que o Criador Se revela também aos homens através do universo criado, mas tal revelação, como bem sabemos e vemos, é insuficiente para que os homens cheguem a um conhecimento perfeito de Deus, isto devido ao pe

Os alvos para a Igreja

O Senhor da Igreja é Jesus Cristo, o Qual também a fundou sobre Si mesmo, e ninguém pode colocar outro fundamento além do que está posto pelo próprio Deus (I Cor. 3:11) .Assim, as igrejas genuinamente cristãs têm de obedecer aos mandamentos d’Aquele que é a Cabeça e o Mestre de cada uma delas. Isto significa que os alvos para a ação da igreja estão claramente definidos por Jesus e pelos Seus apóstolos no Novo Testamento, e ninguém tem autoridade para colocar agora outros alvos para além dos que estão determinados pelo Senhor e Mestre Divino. Esses alvos são, essencialmente: Prégar o Evangelho da Graça de Deus em Cristo Jesus, ensinando os homens a guardarem todas as ordenanças do Senhor, baptizando aqueles que crêem em Jesus Cristo em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mat.28:19,20; Marc.16:15,16). Testemunhar de que Jesus morreu pelos nossos pecados, foi sepultado e ressuscitou para nossa justificação, cumprindo assim as Escrituras (I Cor.15:3,4; Rom.4:25). É pela preg

COMO PERSEVERAR

São inúmeras as exortações na carta aos Hebreus, e em todo o Novo Testamento, para permanecermos firmes na fé e na esperança do cumprimento das promessas de vida eterna que Deus nos dá em Jesus Cristo. Importa perseverar até ao fim na plena certeza de que a Palavra de Deus se cumprirá infalivelmente no tempo e na eternidade, pois fiel e omnipotente é Aquele que fala. Muitos hoje fundamentam a sua fé e a sua acção em opiniões e estudos feitos por homens e não na Bíblia. Dão mais crédito aos “doutores” deste mundo do que à Revelação de Deus na Sua Palavra. Nas igrejas, há quem fundamente as suas mensagens já não na Bíblia, mas em livros escritos por psicólogos, sociólogos, homens de negócios e outros pensadores humanos. Ou seja, dão mais valor ao que esses homens escrevem do que ao que Deus ensina na Escritura Sagrada. Por isso, a situação nas igrejas está a degradar-se visivelmente em termos espirituais, e não só… Como poderá haver santificação na vida dos crentes, se a fonte dessa san

Um pouco de história

As lutas verificadas através dos séculos da era Cristã entre grupos e seitas do cristianismo têm sido provocadas por erros doutrinários e éticos que foram surgindo e se estabeleceram na igreja dominante. Assim, vários grupos se ergueram ao longo dos séculos protestando contra os erros da igreja oficial e defendendo o regresso aos ensinos e à simplicidade formal dos tempos apostólicos. Infelizmente, também no seio desses movimentos de protesto surgiram, por vezes, heresias nefastas que anularam a influência positiva que os seus protestos podiam exercer no seio da Cristandade. A própria Reforma Protestante, apesar de todos os aspetos positivos que teve, não foi suficiente na área eclesiástica, para trazer o Cristianismo à sua pureza evangélica inicial. Houve erros e heresias que faziam parte da Igreja Romana e que não foram erradicados por completo entre os Reformadores, como o baptismo infantil e por aspersão, uma igreja nacional de cariz episcopal ou sinodal e, embora reconheci

A INSENSIBILIDADE

Um dos grandes males que corrompe a nossa geração é a insensibilidade para com a Palavra de Deus. Aqueles que ouvem e lêem as Escrituras não são transformados, nem renovados na sua mente e no seu coração. Permanecem insensíveis perante as exortações, admoestações e ensinos da Bíblia. Vêm à igreja, ouvem a mensagem que Deus envia através da Sua Palavra e nada muda na sua vida, na sua mente e no seu coração. Estão de tal modo endurecidos que não ouvem a voz de Deus, nem atentam para os Seus ensinos e ordenanças. Grande será a condenação desses que assim vivem no seio do povo de Deus, pois tal atitude revela desprezo para com o Senhor e a Sua Palavra. De facto, não há temor de Deus no coração daqueles que, no entanto, afirmam ser “cristãos”. Isto explica a total incoerência que é bem visível na vida de tantos e tantos crentes, pois confessam com os lábios aquilo que negam na prática. Vemo-los perfeitamente conformados com este mundo, associados e em comunhão com aqueles que negam a Deus e

OS DISCÍPULOS DE JESUS CRISTO

Aquilo que distingue um verdadeiro discípulo de Cristo daqueles que não são de Cristo, mesmo que se afirmem “cristãos”, não se circunscreve a uma determinada postura em relação a algumas áreas morais ou éticas, como por exemplo: sexo nunca fóra do casamento, bons hábitos alimentares, vida conjugal e social exemplares… Ser Cristão é muito mais do que isso, e implica uma mudança no coração e na mente do homem. Só pode ser discípulo de Jesus quem possui a mente de Cristo e tem um coração renovado pelo Espírito Santo. Isto significa uma nova visão da vida, sentimentos e pensamentos diferentes, uma revolução na área das prioridades na vida quotidiana. A isto chama a Palavra de Deus não conformação com o mundo ou com este presente século. Não se trata, insistimos, de atitudes pontualmente diferentes, mas sim de toda uma vivência radicalmente diferente. Também não significa propriamente o não fazer isto ou aquilo, mas antes um envolvimento tal nas coisas espirituais que já não deixa tempo e r

CRENTES NARCOTIZADOS

Hoje em dia parece que os crentes estão como narcotizados, alienados na sua vivência quotidiana, tal a discrepância entre as afirmações de fé que proferem e o modo como vivem. A conformação com o presente século, o prazer que sentem nos divertimentos e espectáculos mundanos revelam uma vivência que nega todos os princípios e ensinos bíblicos relativos à santidade e ao modo como os crentes devem viver neste mundo, a fim de agradarem a Deus. Outro facto que põe em causa a genuína fé cristã daqueles que a professam actualmente é a forma como encaram a morte, e também como concentram todos os privilégios provenientes da fé em Jesus Cristo nesta peregrinação terrena, como se a vida presente fosse a única realidade ou, pelo menos, a realidade mais importante. Esta atitude opõe-se àquela que encontramos nos crentes do Novo Testamento. Para estes, tudo nesta vida era relativo, efémero e passageiro, o que contava acima de tudo era a certeza de que um dia estariam para sempre com Cristo na Sua g

O MINISTÉRIO

Nós repudiamos todo o sacerdócio oficial que não seja o de Cristo, todo o altar que não seja o Calvário, toda a oblação que não seja a do Corpo de Jesus Cristo crucificado, o Cordeiro de Deus sacrificado uma vez só, mas cujo sacrifício perfeito tem eficácia eterna. Cremos, também, que profetas e apóstolos foram dons concedidos por Deus para o período particular do estabelecimento do Cristianismo nascente, bem como para a produção literária do Novo Testamento, não tendo portanto sucessores. As nossas igrejas têm uma só ordem ministerial oficial: os pastores. Os quais podem ser igualmente apelidados de bispos ou de presbíteros. Bispo, quer dizer vigilante e superintendente. Presbítero, significa ancião e tem a ver com a capacidade de aconselhamento baseado no ministério da Palavra e do ensino bíblico. Pastor é o termo de ternura, indica direcção e orientação das ovelhas, responsabilidade por uma boa e sadia alimentação espiritual, impedindo ainda a penetração de lobos no seio do rebanho.

CRENTES PREVENIDOS

São inúmeras as advertências e alertas do Senhor Jesus e dos Seus apóstolos para que estejamos vigilantes e não nos deixemos enganar por falsos profetas que virão em grande número, sobretudo com o aproximar da segunda vinda de Cristo, os quais farão até em nome de Jesus grandes sinais e maravilhas a fim de confundirem e atraírem a si os homens. Por isso, devemos estar vigilantes e firmar-nos tão somente nos ensinos do Novo Testamento, para que não sejamos também nós confundidos no meio da imensa confusão espiritual que reina nos nossos dias. O que nos deixa perplexos é que quando, na peúgada do nosso Mestre, exortamos os crentes a que não se deixem enganar por novas correntes espirituais que reivindicam o poder do “Espírito” para realizarem milagres, embora a sua vivência e os seus ensinos sejam uma distorção da Revelação de Jesus Cristo que encontramos nas páginas da Bíblia, sejamos por outros irmãos na fé acusados de demasiada desconfiança e de estarmos numa defensiva excessiva peran

QUE TRADIÇÃO?

A nossa fé firma-se exclusivamente na Escritura Sagrada, a Palavra de Deus. Repudiamos as inovações que ao longo dos séculos os homens foram acrescentando nos seus ensinos e na sua vivência, inovações que se tornaram uma tradição humana que corrompe o Cristianismo, falsifica e contradiz as Escrituras, as quais revelam a genuína Tradição e Verdade dos profetas, de Cristo e dos apóstolos. Os “credos ecuménicos”, as Sumas Teológicas de Tomás de Aquino e de tantos outros teólogos e eruditos eclesiásticos, contêm inúmeros ensinos que contrariam a única Tradição Cristã genuína que veio de Deus e se expressa nas páginas da Sagrada Escritura. A doutrina dos apóstolos em que o primitivo Cristianismo perseverou, “a fé uma vez dada aos santos”, foi pregada oralmente no primeiro século e preservada para nós, pelo Espírito Santo, nas páginas escritas do Novo Testamento. Assim, a única legítima tradição oral tornou-se a tradição escrita, a Palavra de Deus para todos os homens em todas as gerações. A

IMPORTA NÃO CONFUNDIR

Nós sempre defendemos que cada ser humano é livre para cultuar ou não cultuar a Deus segundo os ditames da sua consciência. Os diversos governos nas nações devem portanto salvaguardar este direito inalienável do indivíduo. A defesa deste princípio leva-nos também a respeitar todos aqueles que têm convicções de fé diferentes das nossas, o que nos impede qualquer tipo de proselitismo no seio de outras igrejas, ou de abrirmos lugares de culto junto a outros já existentes… Mas a defesa deste princípio de liberdade religiosa não se opõe a que tenhamos as nossas próprias convicções solidamente firmadas na Bíblia, e importa mesmo que as tenhamos, pois cada um de nós é responsável diante de Deus pela fidelidade devida aos Seus ensinos, ministrados pelo Seu Espírito na Sagrada Escritura. Assim, embora respeitando todos os credos e confissões de fé, só podemos ter comunhão espiritual com aqueles que partilham connosco a mesma fé e ordem Cristãs. A fidelidade e lealdade a Cristo e à Sua Palavra é

A BABEL DA CONFUSÃO

Vivemos numa verdadeira babel religiosa, e como se tal não bastasse muitas das Igrejas Evangélicas com rótulos ainda históricos já não são na verdade aquilo que o seu nome ou rótulo indica. Assim, para atenuar toda esta imensa confusão e caos religioso, pelo menos em relação a nós Baptistas, seria muito útil que todas as igrejas denominadas “Baptistas” verificassem à luz da história quais os princípios, a fé e a ordem que, de um modo geral, têm caracterizado as igrejas Baptistas, mesmo no meio da pluralidade que sempre existiu nalgumas áreas teológicas. E, no caso de chegarem à conclusão de que não possuem já os mesmos princípios, nem a mesma fé e ordem, tivessem a honestidade e a sinceridade suficiente para deixarem o seu rótulo denominacional e passarem a chamar-se por outro rótulo qualquer. Tal atitude seria muito útil para clarificar posições e atenuar entre nós a confusão espiritual existente. E, quanto ao sofisma oculto por detrás das auto-denominadas “Igrejas Baptistas Renovadas

Liberdades individuais

Ao longo dos séculos uma das maiores tentações no seio das igrejas cristãs, mesmo depois da Reforma Protestante, foi a de quererem obrigar os incrédulos ou aqueles que tinham outras convicções a conformarem-se com a sua fé, forçando-os, muitas vezes pela própria violência física, a baptizarem-se e tornarem-se membros da igreja. Esqueceram ou ignoraram uma verdade bíblica fundamental: Só Deus, pelo Seu Espírito e pela Sua Palavra, pode atrair a Cristo e converter a Si os pecadores. Os Cristãos, como testemunhas de Jesus Cristo, são apenas instrumentos que o Senhor usa para converter os pecadores e levá-los a Cristo a fim de serem n’Ele uma nova criação. A salvação é individual! Cada um é chamado e atraído a Cristo de um modo pessoal e particular, e só depois se torna membro de um Corpo, de uma coletividade, o Corpo de Cristo. A salvação da Igreja implica primeiramente uma chamada e salvação individual. Por isso, cada um dará contas de si mesmo a Deus, sendo totalmente responsáv

VERDADEIRO OU FALSO?

O traço distintivo de um verdadeiro cristão é viver ou procurar viver em conformidade com os ensinos de Cristo e Seus apóstolos que encontramos no Novo Testamento. O cristão é um discípulo de Jesus Cristo, a sua fé e a sua acção firmam-se na Palavra de Deus, porque está convicto de que os homens que escreveram cada livro da Bíblia eram homens santos de Deus que para tal foram inspirados e movidos pelo Espírito Santo. Sabe que a revelação de Deus dada aos homens ao longo do Velho Testamento é progressiva e atinge a sua plenitude final em Jesus Cristo e nos Seus ensinos exarados para nós no Novo Testamento pelos Seus apóstolos. O factor crucial que distingue o verdadeiro cristão é a base de inspiração e sustentação da sua vivência quotidiana ser tão só a Palavra de Deus. Firmamo-nos ainda na nossa razão, naquilo que pensamos ser o melhor para nós e nos faz feliz, mesmo que só aparentemente? Fundamentamo-nos nas nossas ideias feitas e preconceitos intelectuais, aceitando apenas os ensinos

RAZÕES DUMA OPÇÃO

Creio que a opção que temos feito até ao momento de conservarmos o “Cantor Cristão” como o hinário oficial da nossa igreja tem sido um meio eficaz usado por Deus para manter a nossa congregação fiel aos ensinos de Cristo revelados na Escritura Sagrada. Há, sem dúvida, novos cânticos que vieram enriquecer o meio Evangélico, mas temos de reconhecer que a maior parte do que se canta hoje nas nossas igrejas diverge em muito daquilo que era a temática e a “filosofia de vida” que norteava os nossos irmãos do passado e que se reflectia também nos cânticos de louvor que entoavam a Deus. Actualmente, perdeu-se a noção da relatividade e efemeridade da vida nesta peregrinação terrena e do alvo final que é estar para sempre na presença de Deus, desfrutando em Cristo da Sua eterna glória. Agora parece que toda a esperança do cristão se centra no gozo e no prazer que pode usufruir já aqui na terra. A comunhão com Deus e a bênção do Senhor parece terem repercussões apenas neste tempo presente, em saú

NOVO ALERTA

“Há um Cristianismo original, puro, perfeito e revelado: é o Cristianismo dado no Novo Testamento por Aquele que é o Autor e Consumador da fé. O Espírito Santo deu, preservou e perpetuou no Novo Testamento o testemunho literário desse Cristianismo original, o Cristianismo de Cristo. Manter diante de nós o alvo deste Cristianismo revelado, cujo autor é Jesus Cristo, repudiando toda a mistura de tradições humanas é a marca distintiva do povo Baptista ao longo dos séculos. Para nós basta o Novo Testamento, a autoridade do Senhor vivo, o Salvador omnipresente com as Suas igrejas e a iluminação e o poder do Espírito Santo. Anelamos reter os factores que criaram o Cristianismo que Jesus e Seus apóstolos deixaram como herança imutável dos séculos. Cremos que toda a Bíblia, incluindo portanto o Velho Testamento, é a Palavra de Deus. Mas a Revelação que Deus deu aos homens é progressiva. O auge, o zénite, o ponto final da perfeita Revelação é Jesus.” Citamos, duma forma livre, estas afirmações

A INSPIRAÇÃO DE PAULO

Satanás está espalhando a confusão e a dúvida no coração e na mente de alguns crentes ao insinuar que os ensinos que encontramos nas cartas apostólicas, nomeadamente nas epístolas de Paulo, não têm a mesma inspiração divina que os ensinos exarados nos Evangelhos. É doutrina fundamental das Igrejas Cristãs que toda a Bíblia, e neste caso todo o Novo Testamento é divinamente inspirado. Paulo não foi mais, nem menos inspirado do que Mateus, Marcos, Lucas e João quando escreveram os Evangelhos. Estes narram sobretudo o ministério de Jesus Cristo, Seus ensinos, Seus milagres, Sua morte, ressurreição e ascensão. Mas, como o próprio Senhor afirmou no Evangelho (Jo.16:12-14) ainda havia muita coisa a ensinar para além daquilo que Ele já havia ensinado… Havia toda a orientação necessária para a organização e disciplina das igrejas, para uma vivência segundo a vontade de Deus em várias áreas que constituíam novidade para os crentes de então. Para isso, foi enviado o Espírito Santo que instruiu e

HEBREUS 8:8-13

Há nos nossos dias alguns cristãos que pretendem um retorno à Velha Aliança que o Senhor estabeleceu com Israel. Tal como acontecia nos tempos dos apóstolos os judaizantes estão de volta… Querem impor-nos restrições alimentares que foram abolidas por Cristo mediante o Seu sacrifício expiatório na cruz; buscam a inspiração para o louvor a Deus e o culto que Lhe deve ser prestado não no Novo Testamento, mas sim à luz do Velho Testamento, esquecendo o ensino de Jesus à mulher samaritana, e o sentido simbólico e figurativo do culto vetero-testamentário. Não têm em conta o facto da Revelação de Deus aos homens ser gradual e progressiva culminando na Revelação máxima em Jesus Cristo, perfeita na Sua plenitude e, por isso mesmo, final. Estamos de volta a uma ênfase nos jejuns e nas boas obras, empalidecendo assim o Evangelho da Graça de Deus revelada em Jesus Cristo e por Jesus Cristo. Querem voltar ao vinho velho em odres velhos… Parece que tudo depende daquilo que os crentes fazem, não tend

ACTOS 2:41-42

A Escritura diz-nos que aqueles que se baptizaram no dia de Pentecostes, sendo assim agregados à igreja, perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão fraterna, na celebração da Ceia do Senhor e nas orações. Eis quatro áreas em que todos os crentes em Jesus Cristo devem perseverar, permanecer firmes e fiéis. Sobretudo na época em que vivemos, importa preservar a doutrina apostólica e procurar viver em conformidade com os ensinos do Novo Testamento. Cuidado com as falsificações modernas que transformam o Evangelho de Jesus Cristo num outro “evangelho”, sem cruz, sem auto-renúncia, sem santificação, nem mortificação dos desejos da carne. Um “evangelho” que alimenta o egoísmo humano e que mantém o pecador fechado sobre si mesmo, tendo como desejo prioritário a satisfação das suas necessidades carnais e temporais. Um “evangelho” que nada muda na vida daqueles que dizem ter sido convertidos a Cristo, e que por isso não tem qualquer impacto na vida social. A verdadeira conversão a Deus

UMA RECORDAÇÃO

Desci às águas do baptismo quando tinha doze anos de idade, e ainda me recordo da emoção que senti no momento em que fui sepultado nas águas, numa identificação com Cristo na morte, a fim de também com Ele ressuscitar para uma vida nova. Obviamente que não possuía então os conhecimentos e a consciência que hoje tenho acerca das coisas de Deus e da minha responsabilidade enquanto discípulo de Cristo, contudo experimentei na minha infância uma fé pura e genuína em Jesus Cristo que ainda recordo com saudade. Lembro-me, sobretudo, da primeira pergunta que me foi feita pelo pastor Paulo Torres aquando da minha profissão de fé. Levantando a Bíblia, ele perguntou: Que livro é este? E eu respondi, é a Bíblia. Sim, continuou o pastor Torres, e o que é a Bíblia? É a Palavra de Deus, retorqui. Creio que foi esta convicção que sempre permaneceu em mim, que impediu, em certos momentos de crise espiritual, que me afastasse da verdade revelada em Jesus Cristo nas páginas da Sagrada Escritura. É ainda

EM RELAÇÃO AO BAPTISMO

É falsa a afirmação de que os Baptistas só baptizam adultos. Na realidade, nós baptizamos só crentes após profissão de fé em Jesus Cristo como Salvador e Senhor. Um dos grandes pioneiros do trabalho Baptista no Brasil, e que influenciou também grandemente a nossa Denominação aqui em Portugal, William Taylor escreveu o seguinte no seu tratado sobre o “Baptismo Bíblico”: “Os Baptistas não fazem a mínima objecção ao baptismo de crianças. Sei por experiência pessoal da salvação que gozo em Jesus Cristo que eu a recebi pela fé cinco anos antes de findar a minha menoridade. Entendi perfeitamente o Evangelho desde os meus seis anos de idade como o entendo hoje, e se não fosse a inerente depravação do meu coração juvenil eu teria sido crente naquela idade, como o meu irmão o foi com oito anos, sendo baptizado com nove anos. São milhares de crentes no mundo inteiro que podem testemunhar a sua conversão a Cristo e baptismo antes de chegarem a ser adultos. Carey Bonner, eminente Baptista inglês e

A oração

Infelizmente parece que os cristãos estão a esquecer cada vez mais os ensinos de Jesus para todas as áreas da nossa vida, incluindo o Seu ensino relativo à oração (Mat. 6:5-13). Oração é comunhão com Deus, íntima e profunda, que se expressa em palavras, as quais devem refletir o que vai no nosso coração. Não é motivo para ostentação da nossa fé ou dos nossos conhecimentos bíblicos quando ela é proferida em lugares públicos, na congregação local em que nos reunimos para prestar culto a Deus. Devemos respeitar os alvos propostos pelo nosso Mestre para a oração: Glorificar a Deus no desejo de que o Seu nome seja santificado e a Sua soberania uma realidade visível tanto na terra, como no céu, e na nossa própria vida. O reconhecimento da nossa total dependência de Deus no dia a dia e nos mais ínfimos pormenores e necessidades da nossa vida. O anseio sincero de que a Sua vontade prevaleça em todos os momentos e circunstâncias. O verdadeiro crente, embora não possa deixar de ter

O PRAGMATISMO

Prosseguindo na linha do pensamento iniciado a semana passada, poderemos acrescentar o seguinte: O facto dos líderes das Igrejas Evangélicas buscarem cada vez mais a orientação para o seu ministério em livros escritos por eminentes homens de negócios e políticos de sucesso, ou em conferências organizadas pelos mesmos, e já não na Bíblia, faz com que haja uma mudança radical na filosofia e na prática dos ministérios contemporâneos em relação aos do passado. Agora, o pragmatismo domina e impõe as suas leis. Isto significa que os pastores de hoje, com raras e honrosas excepções, já não são orientados por princípios éticos e espirituais imutáveis visto estarem fundamentados nos ensinos da Sagrada Escritura, a Palavra de Deus, mas sim por todo e qualquer método que possa resultar e ter sucesso na óptica humana. Por outras palavras, os pastores já não se interrogam sobre qual a vontade de Deus expressa na Sua Palavra para a orientação e para o trabalho que deve ser feito nas igrejas e pelas

A estratégia mais eficaz

Ao longo da história das igrejas cristãs a estratégia mais perigosa e eficaz utilizada por Satanás na tentativa de destruir a fé uma vez dada aos santos foi a infiltração no seio dessas igrejas de filosofias, métodos e práticas contrários aos ensinos de Jesus Cristo que encontramos nas páginas do Novo Testamento. Esta é, sem dúvida, uma estratégia muito mais eficaz e poderosa do que qualquer ataque à fé proveniente do exterior, mesmo que recorra à violência física E é sobretudo este o método que atualmente usa com profusão o Inimigo das nossas almas. Vemos igrejas que outrora eram firmes e ousadas no testemunho da sua fé em Jesus Cristo e agora estão quase totalmente conformadas com a degradação e devassidão existentes na sociedade em que estão inseridas. Vemo-las recetivas a todas as infiltrações de novas ideias e conceitos de vivência “cristã”, que as afastam da genuína fé bíblica. Há líderes espirituais que buscam uma orientação para as suas igrejas não já na Bíblia, mas si

Os Departamentos

Os Departamentos existentes no seio das Igrejas Baptistas têm como alvo o treinamento dos seus membros no serviço do Senhor: descobrir dons e capacidades, procurando que eles possam ser postos em prática para benefício de toda a igreja e crescimento espiritual daqueles que os possuem. Este é o alvo da União da Mocidade, da Sociedade de Senhoras e da União de Homens. Um alvo que nunca deve ser esquecido por cada Departamento, e deve unir a todos. O nosso Divino Mestre instituiu e mandou organizar igrejas pelo mundo inteiro. Portanto, o que conta essencialmente é a igreja local onde estamos agregados. A criação dos diferentes Departamentos dentro da igreja local é apenas uma resposta humana, mas cremos que também inspirada pelo Espírito de Deus, a esta interrogação crucial: Qual a melhor maneira de descobrir os dons e as capacidades de cada membro da igreja e de pô-los a agir no serviço do Senhor em conformidade com os dons e capacidades que possuem? Assim, a divisão dos membros

Fatalismo? Não!

O dilema que se coloca às nossas igrejas é como conciliar as mudanças necessárias e inevitáveis devido ao avançar dos tempos e das gerações, com a manutenção da ordem e do nível espiritual quer nos cultos, quer na vivência individual e coletiva dos crentes. Isto porque todos nós vemos que aquilo que atualmente se denomina mudança traz consigo uma enorme carga de decadência e degradação quer espiritual, quer ética, quer cultural . Com efeito, o nível espiritual das nossas igrejas tem vindo a degradar-se abruptamente devido às inúmeras mudanças que têm sido feitas nos últimos anos. Embora tudo isto seja mais notório na forma como é prestado o louvor a Deus nos cultos públicos, não deixa de ser igualmente visível em todas as restantes áreas do culto, nomeadamente na exposição da Palavra de Deus ou prégação do Evangelho. Falta seriedade e profundidade, há muita leviandade e ligeireza, brinca-se com as coisas sérias, mesmo com textos bíblicos, não há respeito, nem reverência para co

O casamento

Um dos princípios fundamentais na história dos Baptistas é a separação de poderes entre as Igrejas e o Estado. Foi o nosso Divino Mestre Quem nos orientou nesse sentido, com a célebre ordem: “Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mat.22:21). Por isso, não aceitamos que o ministro do culto, enquanto no exercício do seu ministério, possa ser igualmente representante do Estado, ou seja, do poder civil. Assim, continuamos a defender que o casamento entre membros das nossas igrejas tenha estes dois passos: civil e religioso. Esta separação de poderes instituída por Jesus Cristo vem colocar um problema novo às sociedades modernas: Como encarar o casamento quando ele é apenas civil? Pessoalmente, creio que o casamento, como instituição Divina que é, só será genuíno quando para ele os noivos desejam na presença do Senhor pedir a Sua aprovação e a Sua bênção. Só neste caso o casamento é celebrado de acordo com a instituição Divina, tornando-se indissolúvel, pois aq

I Coríntios 12:13

O apóstolo diz claramente aos membros da igreja de Corinto, independentemente da nacionalidade que tinham e dos dons que possuíam ou não possuíam, que todos eles haviam sido baptizados em um Espírito, formando um corpo. De facto, ninguém pode reconhecer e aceitar na sua vida Jesus como Senhor, senão pelo poder e acção do Espírito Santo (I Cor. 12:3). Assim, quando o Espírito de Deus nos convence do pecado (Jo. 16:8) e nos dá o arrependimento, suscitando em nós a fé no Senhor Jesus Cristo como nosso único e suficiente Salvador, somos baptizados no Espírito Santo, sendo nesse baptismo agregados a Cristo e feitos participantes da Sua vida. Nascemos de novo! Facto que iremos testemunhar publicamente descendo às águas do baptismo. O verdadeiro sinal do baptismo no Espírito Santo não é o dom de falar em línguas, dom que já no tempo do apóstolo Paulo não era partilhado por todos (I Cor. 12:30), mas sim o amor que transforma radicalmente a nossa vida. O fruto do Espírito visível na nossa vi

Espera no Senhor

Ao longo da semana finda a Sociedade de Senhoras da nossa igreja levou-nos a meditar num tema crucial para a nossa vida nesta peregrinação terrena. Estamos gratos a Deus por estes momentos que ele nos proporcionou para refletirmos nos ensinos e exortações da Sua Palavra, e pela forma como usou não só as senhoras da nossa igreja, mas também todos os mensageiros que Ele enviou para nos transmitirem a Palavra do Senhor. De facto, toda a nossa vida aqui no mundo deve ser vivida na base duma confiança total no Deus de toda a providência, o Qual nos ama e cuida de nós, pois é Ele também o nosso Pai que está nos céus, e habita pelo Seu Espírito no nosso coração, dirigindo e orientando toda a nossa vivência. Assim, o Senhor é o nosso auxílio e o nosso escudo no meio dos combates e adversidades da vida, Ele fortalece o nosso coração para que possamos vencer as inclinações perversas da nossa carne e tenhamos a força necessária para O amarmos e servirmos. É Ele Quem guarda o nosso caminho e no

A verdadeira adoração

Só o Deus Triúno e Eterno, Imutável, Infinito, Auto-existente, Santo, Justo e Bom é digno de adoração, e deve ser honrado, glorificado e adorado por todas as Suas criaturas, incluindo todo o exército dos céus (Neem. 9:6), todos os anjos (Heb. 1:6) e todos os seres humanos em todas as nações (Mat. 4:9-10; Jo. 4:24). Não podemos adorar a Deus segundo a nossa imaginação, ou segundo o parecer da nossa racionalidade, mas tão só como o próprio Deus prescreve e ensina na Sua Palavra: portanto, apenas em espírito e em verdade. A adoração que não tem como alvo a Deus é pecado. É certo que no Novo Testamento não encontramos prescrições formais rígidas para o culto, como acontecia no Velho Testamento, pelo que o culto cristão deve ser feito na liberdade do Espírito de Deus e sob a Sua orientação. Como o nosso Deus é um Deus de ordem e de harmonia, o culto orientado pelo Seu Espírito revelará também estas características e será feito com ordem, decência e dignidade (I Cor. 14:33,40). Por

Um Culto novo

É fácil esquecermos que uma nova Aliança implica um novo culto, "porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei" (Heb.7:12). Assim, se atentarmos bem para o Novo Testamento iremos verificar que há uma mudança radical na expressão do culto em relação ao Velho Testamento. O ritual altera-se porque todo ele era uma sombra ou figura d'Aquele que havia de vir a fim de levar sobre Si os pecados do Seu povo e verter o Seu sangue em purificação desses mesmos pecados, remindo pelo Seu sacrifício na cruz todos os crentes que estavam sob a Lei Divina (Col.2:16-17; Heb.9:11-10:18; Gál.3:23-29). Jesus Cristo é o verdadeiro Cordeiro de Deus (Jo.1:29), e todos os cordeiros, sacrificados na velha Aliança em holocausto para expiação dos pecados do povo, eram apenas uma figura deste Cordeiro que havia de vir, o próprio Filho de Deus. A expressão do louvor altera-se também tornando-se formalmente mais espiritual. Há ainda muita sensualidade e expres

A Ceia do Senhor

Depois de termos nestes últimos dias meditado na paixão e morte do Senhor, e celebrando hoje a Sua ressurreição, é um privilégio podermos também neste dia participar da ordenança deixada por Cristo à Sua Igreja como memorial dessa paixão e morte. Memorial que torna visível, através da partilha do mesmo pão e do mesmo vinho, a comunhão de todos os membros no Corpo de Cristo. É uma declaração pessoal da dependência do sacrifício de Cristo, simbolizando a necessidade constante de cada crente se alimentar espiritualmente do Senhor crucificado e ressurrecto. É uma ordenança dada à Igreja, portanto, um acto congregacional. Para poder participar dignamente na Ceia do Senhor, a pessoa deve ser regenerada e baptizada, deve ter uma conduta agradável a Deus, não imoral, deve estar em perfeita comunhão com a igreja, quer na doutrina, quer no relacionamento fraterno. Por isso, os participantes da Ceia do Senhor devem examinar-se a si mesmos, comungando na devida ordem e no tempo próprio. Os elem

O Baptismo

O baptismo é uma ordenança que Cristo deixou à Sua igreja. Como a própria palavra grega indica e toda a sua simbologia requer, o baptismo é um acto de imersão em água. De facto, simbolicamente o baptismo é um sepultamento com Cristo na Sua morte, a fim de também com Ele o crente ressuscitar para uma nova vida (Colossenses 2:12; Romanos 6:4). Só devem ser baptizados aqueles que crêem em Jesus Cristo, tal como a Escritura O revela, e confessam publicamente a sua fé n'Ele, tanto homens como mulheres. As condições para ser baptizado são, portanto: receber a Palavra do Senhor de bom grado (Atos 2:41); o arrependimento genuíno (Atos 2:38); uma fé pessoal, bem evidente aos olhos da igreja (Atos 8:12, 36-37). O baptismo testemunha uma mudança na mente e no coração do homem ou mulher, pois simboliza, como já referimos, a morte e sepultamento com Cristo da vida velha, e a ressurreição para uma nova vida, sendo para tal revestidos de Cristo (Gálatas 3:27). Como ordenança da igreja, o bapti

A disciplina na Igreja

O primeiro dever de cada igreja de Deus é ensinar, instruir e guiar. Pela regeneração o crente inicia uma nova vida e necessita de ser alimentado pelo leite racional para que por ele se desenvolva na edificação espiritual de si mesmo, bênção de outros e glória de Deus. Importa ainda que esse leite, que é a Palavra de Deus, não seja falsificado mas o puro, a fim de que o crescimento espiritual seja saudável e genuíno. O segundo dever da igreja local é corrigir as faltas dos seus membros, cada um levando as cargas uns dos outros. A igreja deve agir com mansidão e amor, sentindo como um todo a responsabilidade de corrigir o que está mal no seu seio. Por vezes, será preciso acrescentar à correcção uma cirurgia, ou seja, limpar ou cortar membros que se constituem uma ofensa e um perigo para a saúde dos demais e para a vida de todo o corpo. Mas este será sempre o último recurso (I Cor. 5:13). As ofensas dignas de disciplina eclesiástica podem revestir um carácter pessoal (Mat. 18:15-18), o

Deveres do crente

O s membros da igreja devem buscar a vontade de Cristo revelada nas Escrituras a fim de cumpri-la. Devem, portanto, viver de acordo com esta vontade, dando um testemunho prático e visível da sua filiação Divina, revelando em toda a sua vivência o fruto do Espírito Santo. O crente deve sentir não só o dever, mas também o desejo de se reunir aos seus irmãos na casa de Deus para prestar o culto devido ao Altíssimo, e só em caso extremo deixará de desfrutar um tal privilégio que o Senhor lhe dá. Deve ter igualmente um culto diário familiar ou individual, orando, lendo e meditando na Palavra de Deus. Como membro da igreja local, o crente deve contribuir com os dons e capacidades que Deus lhe deu para a perpetuação e extensão do Evangelho, para a manutenção da ordem e da reverência nos cultos, para que a igreja do Deus vivo permaneça sendo "a coluna e firmeza da verdade" (I Tm. 3:15). A participação nos cultos públicos e restantes actos praticados na casa de oração devem ter co

Ser membro da Igreja

Os membros duma igreja Baptista têm de professar e dar evidência crível nas suas vidas da fé em Jesus Cristo. A primeira igreja apostólica foi composta apenas de tais pessoas: unânimes perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão fraterna, nas ordenanças do Senhor e nas orações, tendo recebido de bom grado a Palavra de Deus (Atos 2:41-42, 46). Nota-se uma profunda diferença de carácter espiritual entre a igreja e o mundo. Paulo diz aos membros da igreja de Roma que antes haviam sido servos do pecado, porém agora obedeceram de coração à forma de doutrina a que foram entregues, tendo sido libertados do pecado (Rom. 6:17-18). Quanto aos membros da igreja de Éfeso, o mesmo apóstolo diz-lhes que tendo outrora estado mortos em ofensas e pecados, foram vivificados em Cristo (Ef. 2:1-5). João mostra enfaticamente esta distinção entre a igreja e o mundo: "sabemos que somos de Deus e que todo o mundo está no maligno" (I Jo. 5:19). Por isso, requere-se dos membros das igrejas

I Timóteo 4:1

Cada vez é mais evidente no meio Evangélico contemporâneo o cumprimento desta profecia do Espírito. As expressões visíveis da fé nos nossos dias, quer no modo como se pretende cultuar e louvar a Deus, quer na vivência quotidiana dos crentes, tem pouco a ver com o modo como sempre se viveu e se expressou ao longo dos séculos a fé genuinamente Evangélica. O que significa ter havido nos últimos anos um desvio significativo da fé uma vez dada aos santos. Já referimos, numa reflexão passada, que o abandono dos hinários tradicionais era sintomático e bem revelador desta realidade, pois não é só a música que está em causa, mas também a própria letra desses hinos, e o testemunho de fé que neles se expressa. Obviamente que não é difícil reconhecer por detrás desta mudança essencial a ação de espíritos enganadores e da influência de Satanás na mente e no coração dos próprios crentes. O problema crucial é que não basta afirmar com os lábios que se crê em Deus, importa nascer de novo, que

Surrealismo ou apostasia?

Há anos atrás, não muitos, nós entravamos numa casa de oração ou templo Evangélico e sabíamos que estávamos numa igreja. Hoje entramos num lugar de "celebração evangélica" e pensamos que estamos num cinema ou em qualquer sala de espetáculos mundanos... Há alguns anos atrás, quando os crentes reunidos na igreja começavam a louvar ao Senhor com os seus cânticos, todos sabíamos que se iniciara o culto de adoração a Deus. Hoje, quando crentes reunidos num determinado lugar começam a "louvar ao Senhor", nós pensamos que estamos assistindo ao início de qualquer concerto de "rock" ou de outro tipo semelhante de música mundana. Afinal a que conclusões chegamos? 1.     As igrejas estão a falhar completamente na sua missão de transformar e renovar a sociedade em que estão inseridas. Mais grave ainda, é a sociedade decadente e totalmente controlada por Satanás que está moldando e conformando as igrejas à sua imagem. 2.     Esta é uma das facetas da apo

Pastores e Diáconos

À luz do Novo Testamento há apenas duas classes de oficiais na igreja: pastores e diáconos (Fil. 1:1). Os Pastores também denominados Presbíteros (cuja tradução portuguesa é Anciãos) e Bispos (Act. 20:17,28). A função é de liderança espiritual na igreja, e cada um dos títulos atribuído a essa função revela uma faceta importante do ministério: Presbítero ou Ancião indica a necessidade de maturidade, idoneidade e capacidade de aconselhamento da parte do líder espiritual. Não tem a ver com a idade física, mas sim com a experiência espiritual que deve possuir todo aquele que tem funções de liderança no seio da igreja. Por isso, nunca deveria ser eleito pastor um neófito, ou seja, alguém que se tenha convertido há pouco tempo e que, por conseguinte, não tem experiência, nem maturidade espiritual suficiente (I Tim. 3:6). Bispo, tem a ver com a necessidade de vigilância pastoral. O líder espiritual da igreja tem de estar sempre atento e vigilante para que as ovelhas do Senhor que lh

As ovelhas de Jesus

O Senhor Jesus é o Bom Pastor que deu a Sua vida pelas ovelhas. seremos nós ovelhas do Senhor? Examinemo-nos à luz do capítulo 10 do Evangelho segundo S. João. O Pastor chama pelo nome a cada uma das Suas ovelhas. Ou seja, Ele conhece-nos e chama-nos individualmente. E porque Ele nos conhece desde a eternidade, também no devido tempo, quando Ele nos chama, O reconhecemos como nosso Pastor e O seguimos. Será que estamos de facto seguindo a Jesus Cristo? As ovelhas do Senhor de modo nenhum seguirão a estranhos, não conhecem a voz dos estranhos e fogem dos mercenários e falsos pastores. Infelizmente vemos ainda membros das nossas igrejas seduzidos por vozes estranhas e dando crédito a qualquer que cita as Escrituras ou fala pretensamente em nome de Jesus... Outros vemo-los prostrados perante os ídolos fabricados pelo mundo, ídolos do desporto, do cinema, da música, e tantos outros... Para não sermos confundidos pelos falsos mestres, nem seduzidos pelas vozes deste mundo q

Conformação ou revolução?

" Tudo mudou na nossa sociedade, por isso a Igreja tem de mudar também; não pode ficar anquilosada na defesa de princípios completamente ultrapassados... a Igreja tem de saber adaptar-se aos tempos modernos, caso contrário em breve não terá fiéis..." Quem não ouviu já frases semelhantes a estas? No entanto, tais afirmações revelam uma boa dose de ignorância quanto ao conceito de Igreja e do seu papel na sociedade. O Senhor Jesus deixou a Sua Igreja neste mundo com a missão específica de ser instrumento do Espírito Santo na conversão dos pecadores, tornando-os novas criaturas em Cristo. Esta é a função da Igreja em todas as gerações. Ela é depositária de um tesouro inestimável: a Palavra e os ensinos de Jesus Cristo. Ela defende princípios que são imutáveis ao longo dos séculos. É certo que alguns desses princípios podem ser aplicados de diferentes formas consoante os tempos, mas em si mesmos permanecem inalteráveis, na medida em que a Verdade e a Vontade de Deus para os ho