A educação moderna baseia-se exclusivamente na sabedoria humana. O espírito e a razão do homem são os únicos critérios que definem a “verdade” e o “bem”. Assim, vemos o homem a procurar, fóra de qualquer relação com Deus e com a Sua Palavra, dar respostas a todas as interrogações que lhe são colocadas no dia a dia e pela vida em sentido geral.
A filosofia actualmente dominante nas escolas inspira-se em ideias semelhantes às de Dewey (1859-1952), o qual afirmava: “Cremos que os verdadeiros valores e ideais devem deduzir-se do movimento das coisas e da experiência. Assim, não aceitamos que possam ser deduzidos duma autoridade sobrenatural, ou duma fonte transcendente (referia-se à Revelação de Deus na Bíblia)”.
Isto significa que a experiência humana seria a chave de todo o conhecimento, o que excluiria qualquer norma absoluta mostrando o que é verdadeiro e o que é falso, o que é bom e o que é mau… se tudo depende da nossa experiência, aquilo que hoje nos parece verdadeiro amanhã poderá parecer-nos falso…
Não admira, portanto, que o homem moderno considere como terrível, algo vergonhoso e culpabilizante o facto de alguém possuir convicções, certezas. Isso parece ser incompatível com a tolerância, único dogma indiscutível.
Aqueles que consideram perigosoalguém ter convicções já esqueceram por certo o que estudaram em matemática, ou já há muito que não viajam. Que diriam eles se, ao chegarem à gare do comboio, a CP lhes declarasse: “Temos horror às certezas! Todos aqueles que dizem possuir certezas são pessoas perigosas, horrendos fundamentalistas! Assim, por espírito de tolerância, decidimos introduzir a maior flexibilidade nos nossos horários!”
E se não houvesse igualmente certezas quanto à nossa conta bancária?
Não se aceita nestas áreas incertezas, mas querem impedir-nos de termos convicções naquilo que é fundamental, e quando está em jogo a vida eterna!
Pastor Celestino Torres de Oliveira