Há quem ponha em causa a inspiração verbal das Escrituras pelo facto dos autores do Novo Testamento nem sempre citarem os textos do Velho Testamento usando no grego as palavras correspondentes às do hebraico. O que já acontecia, aliás, com a Septuaginta, a tradução grega do Velho Testamento, que é geralmente o texto usado pelos autores do Novo Testamento.
Devemos, porém, lembrarmo-nos de que não só os textos do Velho Testamento, mas igualmente os do Novo Testamento são Divinamente inspirados. Queremos com isto dizer que o Espírito Santo é o inspirador de ambos os Testamentos, ou seja, de toda a Bíblia.
É natural que Deus nos revele os Seus pensamentos e os Seus ensinos de modos diferentes e usando nem sempre as mesmas palavras. Nós é que não temos autoridade para citar os pensamentos de Deus usando as nossas palavras e não as palavras que Ele próprio usou quer no Velho, quer no Novo Testamento.
Eu posso expressar as minhas ideias de modos diferentes e não usando sempre as mesmas palavras, mas ninguém tem o direito de me citar usando palavras que eu não proferi. Num caso desses eu poderia afirmar não ter sido isso precisamente o que eu disse!
Ora, o Deus Altíssimo quando nos fala através da Sagrada Escritura tem o direito de ser por nós ainda muito mais respeitado quando citamos a Sua Palavra.