Para podermos detetar a apostasia e reconhecê-la no seio de uma igreja local temos de saber primeiro quais são as atitudes que levam uma igreja a apostatar da sua fé.
1. Um atenuar progressivo do reconhecimento do carácter normativo da Escritura, enquanto Palavra de Deus, cuja autoridade é absoluta.
2. Uma ignorância cada vez maior dos ensinos da Escritura, um não aprofundar da doutrina bíblica e uma indiferença em relação às coisas espirituais.
3. Um amor ainda ao mundo: conformidade com as suas práticas, fascínio pelos seus valores e adoção dos seus métodos e conceitos.
Por natureza, a apostasia é uma perda da presença e do poder de Jesus Cristo, o Cabeça da Igreja. Perda que se reflete quer na doutrina, quer na prática.
A apostasia ganha raízes quando surge uma falta de apetite pela Palavra de Deus e uma noção de que certos ensinos bíblicos constituem “problemas” que podem afetar a união entre todos os membros da igreja. Então esses ensinos serão omitidos ou mesmo negados, e o Evangelho bíblico dá lugar a um “outro evangelho” humanista e superficial (Gálatas 1:6-9).
A apostasia elimina a santidade na prática do Evangelho, conduzindo à conformação com o mundo.
Seria bom verificarmos se na nossa mente e no nosso coração a prática da doutrina bíblica está a ser substituída por ideias humanas, por filosofias influenciadas pelo politicamente correto… Ou será que a prática de certos “dons carismáticos” é mais importante para nós do que a fidelidade aos ensinos bíblicos?
Qual a nossa atitude no culto público: adoramos e louvamos a Deus em espírito e em verdade, com toda a reverência que Ele requer? Ou preferimos “cultos menos solenes”, no estilo de arraial popular, sem profundidade espiritual e sem fundamentação Neo-Testamentária?