Pensamos que um dos grandes problemas da nossa época reside no facto dos homens não saberem no seio da Igreja discernir entre evolução natural e degradação ou corrupção. É evidente que todas as coisas neste mundo estão sujeitas à mudança, dadas as suas imperfeições e limitações, mas temos de ser sábios e sensatos quando lidamos com a mudança. Sobretudo os crentes têm o privilégio de possuir o conhecimento da Palavra de Deus, a Qual é eterna e imutável; por consequência, todas as mudanças que se operam na sociedade e no seio da Igreja devem ser examinadas à luz da Sagrada Escritura.
Verificamos, com certa perplexidade, que muitos crentes aceitam e até cooperam na atual degradação e corrupção em que caiu o meio Evangélico, com a alegação de que os tempos mudaram, tudo evolui e já não podemos continuar a pensar e a agir como os nossos antepassados.
Obviamente que se estudarmos a história da Igreja veremos que houve inúmeras mudanças ao longo dos séculos, quer ao nível do culto, quer ao nível da própria estrutura eclesiástica… Contudo, essas mudanças procuraram sempre estar em conformidade com os padrões do Novo Testamento para a Igreja Cristã e manter a sua fidelidade à doutrina imutável do Divino Mestre (refiro-me às igrejas genuinamente Evangélicas).
O que acontece nos nossos dias é que as igrejas estão a deixar de ter como padrão o Novo Testamento, quer para os seus cultos, quer para as suas novas doutrinas, algumas muito próximas do misticismo oriental e até do “espiritismo”. Outras igrejas enveredam pela conformação com o espírito da época na área do louvor e noutras áreas de cariz social ou desportivo, a fim de atraírem mais pessoas, sobretudo jovens…
Em qualquer dos casos não há evolução, mas sim decadência espiritual ou mesmo apostasia…