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Causas da decadência


Temos constatado com pesar que o nível espiritual do nosso meio Evangélico tem-se degradado acentuadamente nos últimos anos. Cada vez os crentes têm menos conhecimentos bíblicos e, como consequência, possuem convicções muito frágeis e insuficientes para enfrentarem o grande embate dos nossos dias, que é moral e ideológico.
Se procurarmos descobrir as causas desta situação encontraremos várias pistas para estudo e meditação. No entanto, a maioria dessas pistas possui uma raiz comum: o tipo de culto que hoje tem lugar num grande número de igrejas Evangélicas, nomeadamente nas chamadas “novas igrejas”, quase todas de cariz mais ou menos carismático.
1.Os hinos tradicionais foram “saneados” dos cultos e em seu lugar vieram os “corinhos” para preencherem momentos ditos de louvor e adoração (como se todo o culto não fosse louvor e adoração!). Obviamente que os coros têm o seu lugar nas igrejas (desde que a letra seja biblicamente correta e a música inspiradora), mas não há “corinho” algum que substitua o papel desempenhado pelos hinos num culto que se quer não só alegre, mas também solene e reverente, com sólido conteúdo espiritual e doutrinário. É que o hino tem uma mensagem com princípio, meio e fim, e a própria música que o integra terá de ser mais profunda e “completa” do que a simples melodia dum “corinho” repetida por vezes até à exaustão. Como se isto não bastasse, os “corinhos” são quase sempre projetados nalgum ecrã ou parede, deixando os míopes e as pessoas de idade incapazes de participarem no louvor, a menos que conheçam a letra.
2.Outra causa de degradação espiritual é o facto de nalgumas igrejas ser cada vez menor o tempo dedicado à pregação do Evangelho e ao estudo bíblico. Parece que o que se pretende é apenas “cantar e folgar” sem grandes reflexões, sem aprofundar seriamente as razões da nossa fé e do nosso louvor.
3.O tempo de oração, por sua vez, raramente é um momento de paz e de elevada adoração unindo toda a congregação num só sentimento, num só espírito e numa só voz nas ações de graças e na intercessão. O tempo ideal para com ordem e, muitas vezes, em silêncio refletir e adorar. Porém, quantas vezes tais períodos são tumultuosos e impeditivos de qualquer concentração espiritual.

As mensagens mais procuradas

Salmo 37:5

Toda a nossa miséria provém de não querermos entregar o nosso caminho ao Senhor. E isto porque ignoramos quem Deus é; ignoramos o Seu poder e a Sua soberania sobre tudo e sobre todos. Não reconhecemos que Ele é o Deus vivo e tem o poder de cumprir infalivelmente todos os Seus desígnios. Assim, as nossas orações tornam-se monólogos, palavras proferidas no vazio ou no incerto. Não admira que tenham tão pouca força, e que a nossa vida seja tão raquítica e fútil em termos espirituais. Quando oramos esquecemos com frequência que não estamos a dirigir-nos a um nosso semelhante, mas sim Àquele que é Senhor nos céus e na terra. Orar é falar com o REI! Infelizmente, os homens não cessam de tentar rebaixar Deus ao nível deles. Querem um “Deus” que esteja ao serviço deles, que lhes faça todas as vontades e satisfaça todos os desejos do seu coração e da sua carne. Por isso, o mundo está como está, na miséria e no aviltamento. E, no entanto, se Deus fosse cruel e não nos amasse bast

A reverência na casa de Deus

Muitos pastores, na sua experiência e psicologia prática, afirmam que podem conhecer um crente pelo seu modo de entrar na casa de oração: conhecer a sua espiritualidade, o seu amor a Deus e o conhecimento que tem do Altíssimo. Há aqueles que entram já depois do culto ter começado, com grande ruído e aparato, sem a mínima reverência, falando com quem passam, sem qualquer respeito para com o acto de culto que está a decorrer. Há, também, crentes que quando chegam mais cedo ficam a falar e a rir no átrio, e só resolvem entrar quando ouvem a congregação cantar o primeiro hino. Outros, durante a prégação da Palavra de Deus estão sempre a olhar para trás e para os lados, com tanta leviandade que causam tristeza. Devemos entrar e estar na casa de Deus com reverência, conscientes do que ali se está a fazer, e sobretudo sabendo que aquele é o lugar onde o nome excelso de Jesus é invocado e anunciado aos pecadores. Não devemos ser tão negativos ao ponto de julgarmos uma congregação int

Romanos 3:9

Sabemos que todas as coisas que sucedem na nossa vida e à nossa volta na sociedade contribuem, na sua globalidade, para o nosso bem. Que bem é este? Sermos conformes à imagem de Cristo. A Escritura afirma que aqueles aos quais Deus conheceu como Seus, e aos quais amou e ama com amor eterno em Cristo Jesus, a esses também predestinou para serem conformes à imagem de Seu Filho, a fim de que Ele seja o primogénito entre muitos irmãos. Assim, todos aqueles a quem Deus chama e atrai a Jesus Cristo por meio da fé no Evangelho, a todos esses o próprio Senhor vai moldando e aperfeiçoando em Cristo Jesus, de modo a que no final dessa Sua obra em nós, estejamos conformes à imagem de Cristo. Sabemos que Deus opera em nós, não só pelo Seu Espírito, mas também através dos diversos acontecimentos e circunstâncias que surgem na nossa vida ao longo desta peregrinação terrena. Portanto, por mais adversas e penosas que sejam as situações pelas quais passamos, sabemos que todas elas têm um

Tiago 4:7

Satanás não dorme e está em constante atividade, preparando-nos ciladas e tentando continuamente os remidos do Senhor. Importa, pois, que estejamos conscientes da existência deste astuto Inimigo. Quer os homens creiam ou não, o facto é que Satanás existe, pois a Palavra de Deus assim o afirma. Vejamos, então, alguns efeitos da ação do Inimigo na vida dos crentes em Jesus Cristo: Quem é que leva os crentes a optarem por uma ida ao cinema, ao futebol, à praia ou ao campo, em vez de estarem na casa de oração a cultuarem a Deus? Quem fomenta nalguns crentes o hábito de chegarem sempre depois do culto já ter começado? Quem faz com que os pensamentos de muitos voem para bem longe durante o culto? Quem incentiva a nossa preguiça natural levando-nos a preferir ficar a descansar em casa, em vez de irmos participar no culto da nossa igreja? Quem faz com que tantos sejam atraídos por más companhias e más conversações? Todos sabemos que o Inimigo procura continuamente desviar-nos da lei

O significado da ressurreição de Cristo

I Coríntios 15:1-8; 20-28 Pr Celestino Torres de Oliveira