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A mostrar mensagens de fevereiro, 2013

Mudanças

  Só Deus é imutável! Esta afirmação significa que tudo o mais existe numa contínua mudança: nós mudamos, a sociedade, a natureza, o universo, tudo muda. Na sociedade há, essencialmente, três tipos de mudança: a)mudanças externas e periféricas, necessárias a fim de preservar o espírito existente na sociedade e dar-lhe uma nova dinâmica: b)mudanças negativas, quando suscitam a degradação, a licenciosidade, a miséria moral e material, enfim, quando deixam tudo ou quase tudo num estado pior do que o anterior; c)mudanças positivas, quando provocam um verdadeiro progresso no sentido da ordem, da disciplina, da dignidade, do temor e da obediência a Deus. Atualmente fala-se muito no nosso meio Evangélico na necessidade da mudança. Não me refiro à conversão dos pecadores com a sua consequente mudança de vida e de pensar, ênfase que foi sempre característica do ensino Evangélico, refiro-me ao desejo que há em muitos de ver uma mudança nas igrejas. Obviamente que devido ao facto da mudanç

Causas da decadência

Temos constatado com pesar que o nível espiritual do nosso meio Evangélico tem-se degradado acentuadamente nos últimos anos. Cada vez os crentes têm menos conhecimentos bíblicos e, como consequência, possuem convicções muito frágeis e insuficientes para enfrentarem o grande embate dos nossos dias, que é moral e ideológico. Se procurarmos descobrir as causas desta situação encontraremos várias pistas para estudo e meditação. No entanto, a maioria dessas pistas possui uma raiz comum: o tipo de culto que hoje tem lugar num grande número de igrejas Evangélicas, nomeadamente nas chamadas “novas igrejas”, quase todas de cariz mais ou menos carismático. 1.Os hinos tradicionais foram “saneados” dos cultos e em seu lugar vieram os “corinhos” para preencherem momentos ditos de louvor e adoração (como se todo o culto não fosse louvor e adoração!). Obviamente que os coros têm o seu lugar nas igrejas (desde que a letra seja biblicamente correta e a música inspiradora), mas não há “corin

A inversão de valores

“Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem mal; que fazem da escuridão luz e da luz escuridão; e fazem do amargo doce e do doce amargo” (Isaías 5:20). Assistimos nos nossos dias a uma verdadeira inversão de valores. Aquilo que Deus revela na Sua Palavra ser um bem para o homem é considerado um mal, um tabu, um preconceito ultrapassado que restringe a liberdade do ser humano, inibindo-o e não permitindo o pleno desenvolvimento de todas as suas capacidades e aptidões (entenda-se a total satisfação da concupiscência carnal). As forças sociais que, segundo os padrões éticos ensinados na Bíblia, suscitam a degradação e a corrupção da sociedade são vistas pela maioria com bons olhos, chegando mesmo a ser apelidadas forças do progresso e da evolução. Sabemos que a sociedade tem de mudar, pois embora nada haja que seja verdadeiramente novo, tudo é mutável debaixo do sol; mas essa mudança deverá realizar-se respeitando conceitos e leis imutáveis por serem a revelação e a legislação de um

Retorno às origens

Os Evangélicos vivem uma das épocas mais confusa e decadente da sua história, em virtude dos inúmeros desvios da verdade bíblica que têm surgido nos últimos anos no seu seio. Torna-se, portanto, vital assumirmos a nossa identidade histórica, como Baptistas e como Evangélicos. A nossa fé tem de firmar-se exclusivamente nos ensinos da Palavra de Deus, a Sagrada Escritura. Qualquer movimento do Espírito Santo tem como fundamento a Verdade, tal como a Bíblia no-La revela. O retorno à Verdade Bíblica, aos ensinos de Jesus Cristo e à simplicidade litúrgica do Novo Testamento foram os alvos prioritários da chamada Reforma Protestante do século XVI. Foram 4 os princípios fundamentais da Reforma religiosa: 1. A supremacia da Escritura Sagrada sobre a tradição dos homens 2. A supremacia da fé sobre as obras: pois as obras que agradam ao Senhor serão sempre o fruto da verdadeira fé, a qual é obra de Deus no homem. 3. A soberania absoluta da Graça Divina na redenção e justi

Vias opostas

A Lei dada a Moisés revelava a sombra dos bens futuros e não a imagem exata das coisas, pois esta imagem perfeita da realidade é Jesus Cristo (Heb.10:1; Col.2:16-17). Todos os sacrifícios e holocaustos ordenados na Lei só tinham valor diante de Deus porque anunciavam e prefiguravam o Sacrifício redentor do Seu Cordeiro imaculado, o Qual viria ao mundo na plenitude dos tempos para morrer em propiciação pelos nossos pecados na cruz do Calvário. O próprio sábado era também ele uma sombra, um sinal dado por Deus ao Seu povo para que soubessem que era o Senhor, e só Ele, Quem os santificava (Ezeq.20:12). A realidade é Jesus Cristo, não só o Senhor do sábado, mas também Aquele no Qual entramos pela fé no verdadeiro repouso de Deus. Pois aquele que crê em Jesus Cristo descansa das suas obras, assim como Deus descansou das Suas. Em Cristo sabemos que já não é aquilo que fazemos que conta para a nossa salvação e justificação, mas sim aquilo que Ele fez por nós e para nós (Heb.4:3,10). É pe

Um perigo a mais...

No seguimento do que escrevemos na semana passada e ainda sobre o perigo das novas traduções da Bíblia em português corrente (segundo o método da equivalência dinâmica ), gostaríamos de alertar os crentes para o facto do abandono do vocabulário literalmente mais apropriado para traduzir os textos gregos e hebraicos das Escrituras suscitar um gradual afastamento espiritual das novas gerações em relação às gerações passadas. A alteração revolucionária da “linguagem cristã” implica infalivelmente uma rotura com o passado, pois em breve as novas gerações de crentes serão incapazes de compreender a linguagem de todos aqueles que os antecederam na fé ao longo dos séculos. Serão incapazes de ler os textos clássicos dos grandes autores Evangélicos dos séculos XVII, XVIII, XIX e XX… Pior ainda, serão incapazes de compreender a Bíblia na sua versão original, a genuína Palavra inspirada por Deus aos autores sagrados. Pensamos ser este talvez o maior perigo nas novas traduções da Bíb

O perigo da escatologia

Raramente nos pronunciamos em relação às questões de ordem escatológica, ou seja, relacionadas com a 2ª vinda de Cristo e o fim do mundo. Cremos firmemente que o Senhor Jesus está à dextra do Pai e que todo o poder Lhe foi dado no céu e na terra, portanto Ele reina já sobre este mundo. Só assim se explica que o Evangelho tenha progredido pelo mundo ao longo dos séculos e Satanás não tenha podido impedir esse processo. Nunca esqueçamos que se contarmos o número daqueles que estão já no céu com Cristo, e que virão com Ele na Sua 2ª vinda, cujos corpos ressuscitarão em glória, então de facto o Reino de Deus encherá e dominará toda a terra. O problema das teses pré-milenaristas e pós-milenaristas é interpretarem alguns textos da Escritura sem terem em devida conta o seu contexto, forçando-os a dizer aquilo que eles desejam que seja dito, e ignorando toda uma série de outros textos bíblicos que poriam seriamente em causa ou refutariam mesmo as suas teses escatológicas. P

Que justiça?

Em que base fundamos nós a certeza da nossa salvação? Se olharmos para nós mesmos, para o que somos e para o que fazemos, não poderemos ter qualquer certeza de salvação, pelo contrário, só poderemos ter a certeza da nossa eterna condenação. Mas se atentarmos para Jesus Cristo, se confiarmos n’Ele como sendo o Senhor justiça nossa (Jer.23:5-6), então podemos pela fé ter a certeza da nossa salvação. Por isso, o apóstolo Paulo lamentava com pesar o facto dos seus compatriotas judeus desconhecerem a justiça de Deus, pelo que procuravam estabelecer a sua própria justiça mediante a obediência à Lei de Moisés (Rom.10:2-4). A realidade, porém, está em que não é aquilo que fazemos, não é a nossa obediência à Lei, sempre imperfeita, que nos justifica diante do Altíssimo. É o próprio Deus Quem nos justifica por meio da fé em Jesus Cristo. Esta é, de facto, a boa nova do Evangelho: nada podemos fazer que nos justifique diante de Deus, é Deus Quem nos reveste da justiça alcançad

Jeová, como se pronuncia?

Atualmente em Portugal, creio que o problema é só dos eruditos portugueses, anda muita gente preocupada porque descobriu que o Nome de Deus em hebraico não se deve pronunciar JEOVÁ , mas sim JAVÉ ou YAVÉ ! Embora não se saiba ao certo qual a pronúncia correta nos tempo bíblicos, pois a palavra só tem consoantes, sendo praticamente impossível saber hoje como os hebreus a pronunciavam. Houve mesmo um erudito que chegou a afirmar que Jeová não existe! Uma barbaridade intelectual e espiritual! Não podemos confundir a pronúncia correta de um nome com a Pessoa à Qual nos dirigimos em oração (Deus ouve o nosso coração e não só o que os nossos lábios proferem) e da Qual proclamamos a Palavra por Ela própria inspirada aos autores sagrados. Aliás, por que razão não se procede do mesmo modo com o nome de JESUS CRISTO ? Todos nós sabemos que nem em hebraico (no qual é MESSIAS e não CRISTO que se diz), nem em grego a pronúncia do nome é igual à nossa em português… Alguém ousa

Nada há de novo debaixo do sol

Nos dias que correm talvez fosse bom recordarmos algo do que Martinho Lutero, o reformador, escreveu acerca dos chamados “Iluminados” do seu tempo: “No que respeita à Palavra externa (a Sagrada Escritura) temos de afirmar perentoriamente que a única forma pela qual Deus outorga o Seu Espírito é por meio da sua Palavra escrita ou externa. Assim nos precavemos dos chamados “iluminados”, ou seja, daqueles espíritos que, com fanfarronice, dizem possuir o Espírito Santo sem necessitarem da Palavra escrita, e que depois vão ao ponto de julgar, explicar e acrescentar revelações à Sagrada Escritura, segundo os caprichos da sua imaginação pretensamente “inspirada”… Não esqueçamos que este não é outro senão o velho veneno da antiga serpente, o diabo, que também converteu Adão e Eva em “iluminados”, levando-os da obediência à Palavra de Deus externa, a seguirem a sua nova “iluminação espiritual”… Assim verificamos que o “iluminismo” ficou incrustado em Adão e nos seus descendentes, des

A palavra do maestro

O maestro brasileiro Percival Módolo, numa palestra proferida aquando de um encontro de líderes Evangélicos realizado há poucos anos atrás, disse a dado momento: “Uma forma litúrgica estranha, muito comum nas igrejas hoje em dia, é o chamado Momento de Louvor . Um grupo de pessoas vai à frente, jovens que sabem tocar alguns instrumentos e cantar, e por 40 minutos apresentam uma série de músicas. E para piorar, o líder do grupo, sem nenhuma formação teológica, começa a doutrinar a Igreja, falando sempre entre 4 a 5 minutos antes ou depois de cada música. Ele explica como é que age o Espírito Santo, como é o plano de Deus, como a gente deve se comportar e como a Igreja deve fazer. Esse doutrinamento com música está sendo absorvido indelevelmente, independente do que o pastor disser mais tarde… A Igreja está perdendo a sua identidade. Tanto faz para o jovem ir à sua Igreja ou ir à comunidade “não sei o quê”. Porque em ambas ele canta a mesma música repleta de mentiras teológicas,