A prudência, à luz da Bíblia, implica um
sábio proceder na vivência do dia-a-dia e nas decisões práticas que têm de ser
tomadas continuamente por nós. A prudência é também chamada “a ciência do santo”
(Prov. 9:10), pois o homem piedoso é alguém que nos seus empreendimentos se dá
ao trabalho de saber como atuar e de planear de um modo realista a sua ação.
O sinal mais evidente da prudência consiste
no reconhecimento da soberania de Deus em todas as áreas da vida humana,
levando o homem a temer o Senhor e a buscar a Sua direção em todos os momentos
e circunstâncias. O homem prudente é verdadeiramente sábio ao reconhecer que
todas as suas capacidades vêm de Deus (Tiago 1:17; I Cor. 4:7; II Cor. 3:5).
A sabedoria, na Bíblia, não é uma amálgama de
conhecimentos intelectuais, consiste no saber viver, num sentido correto das
prioridades na ação, no bom discernimento que leva o homem a tomar as melhores
opções no seu quotidiano. Ela é fruto duma relação íntima com Deus, do pôr em
prática da Palavra do Senhor, vivendo em conformidade com os Seus ensinos.
Só aquele que reconhece a soberania e o poder
de Deus na sua vida é verdadeiramente sábio, caso contrário será um louco ou
néscio (Sal. 53:1). Assim, a busca da sabedoria implica sempre conversão a Deus
e o desviar-se de todo o mal (Prov. 8:13). Significa abandonar o anseio utópico
e pecaminoso pelo qual o homem deseja viver de modo autónomo em relação a Deus
(Prov. 14:12).
A verdadeira sabedoria encontra-se no
reconhecimento de que todos os nossos passos são dirigidos pelo Altíssimo, e
por isso nunca podemos compreender plenamente o que nos sucede no quotidiano
(Prov. 20:24).