O secularismo tem invadido as nossas igrejas
de tal modo que estas se identificam cada vez mais com o mundo.
Nos nossos dias, grande parte da vida
religiosa da humanidade é meramente materialismo grosseiro. Os objetos do culto
religioso, e até o próprio culto tornam-se meios explorados para satisfazer as
necessidades meramente materiais ou físicas da vida. O que se chama religião no
mundo é, em grande medida, apenas a manifestação de um desenfreado apetite pelo
bem-estar material e social, pela satisfação egoísta dos prazeres da carne.
A vida do homem moderno, tanto na igreja como
no mundo, é governada por uma mentalidade peculiarmente secular: assume
tacitamente que a vida humana se limita à experiência dos sentidos e que o seu
alvo é o alcance do prazer. O homem contemporâneo não pode, nem quer conceber
um caminho que o liberte do estritamente material e terreno. A própria
religião, que deveria elevá-lo ao transcendente e ao eterno, fica também ela
escravizada à mera satisfação das necessidades terrenas e temporais do homem. E
esta é, quanto a nós, uma das maiores formas de escravidão a que o homem alguma
vez esteve sujeito.
Na verdade, quando as pessoas buscam a igreja
e a Jesus Cristo apenas, ou acima de tudo para terem saúde física e
prosperidade material, algo está totalmente errado e do avesso no “evangelho”
anunciado.