É impressionante e preocupante verificarmos a
enorme influência que o mundo está a ter sobre as igrejas.
Temos encontrado crentes de várias
congregações que nos confessam com tristeza a sua amargura pelo facto de as
suas igrejas já não serem o que eram. E invariavelmente o problema está no tipo
de culto que se faz agora nessas casas de oração. Cultos onde não há lugar para
a reverência e solenidade, nem para os belos hinos do Cantor Cristão ou
do hinário tradicional da igreja. O que está na moda são os chamados “grupos de
louvor” constituídos quase sempre por jovens sem qualquer maturidade
espiritual, pelo menos a maioria deles, alguns nem ainda sequer foram
baptizados e frequentam há bem pouco tempo a igreja, nada sabendo sobre o
significado do culto evangélico, nem tendo qualquer experiência, nem
consciência do que é um tal culto. Para tais jovens o culto é mais uma
diversão, um momento alegre em que podem tocar e cantar o que lhes agrada, sem
qualquer sentido do verdadeiro louvor e da adoração que Deus requer.
Eis o que nos confessam com amargura aqueles
crentes que conheceram as suas igrejas quando os cultos eram dirigidos pelo
pastor ou por uma pessoa espiritualmente idónea, e o louvor congregacional era
profunda e genuinamente espiritual, a música era sacra e não mundana, os hinos
tinham o selo duma experiência vivida na comunhão com Deus, a atmosfera era de
reverência e duma alegria sadia, onde havia momentos de silêncio na congregação
para escutar a mensagem bíblica e meditar profundamente na Palavra de Deus. E
acrescentam: “Agora nem nos podemos concentrar sequer no louvor, pois o barulho
dos instrumentos, em que predomina a bateria, e o estrepitar constante das
palmas impedem qualquer concentração, qualquer possibilidade de elevarmos o
nosso coração e a nossa mente até Deus ou de ouvirmos a Sua voz”.
Que o Senhor continue a preservar a nossa
igreja de tal calamidade.