Ouvimos com demasiada frequência os crentes queixarem-se com amargura da
situação em que se encontram, chegando mesmo a duvidar do amor de Deus ou da
Sua soberana providência. Com efeito, a tendência para o descontentamento, para
a murmuração parece ser uma característica de tal modo intrínseca à natureza
humana que nem mesmo os crentes conseguem, muitas vezes, superá-la.
No entanto, com as forças espirituais que Deus nos dá, devemos lutar contra
esta inclinação carnal. É aqui que entra em cena uma das virtudes cristãs mais
preciosas para que possamos enfrentar vitoriosamente o quotidiano, perseverando
na fé uma vez dada aos santos. Estamos a referir-nos à PACIÊNCIA.
A Palavra do Senhor exorta-nos a sermos pacientes em todas as
circunstâncias da nossa vida:
a) Nas aflições, nas privações, nas
injustiças (II Cor.1:6;6:4;I Ped.2:20);
b) Na esperança da salvação e na vinda
do Senhor (Rom.8:25;Tiago5:8)
c) No relacionamento uns com os
outros, a fim de evitarmos contendas e
discussões estéreis e prejudiciais (II
Tim.2:24; Ef.4:2).
A prudência e a paciência são sinais de maturidade espiritual (Tito 2:2)
pois revelam o nosso reconhecimento e submissão incondicional à soberania do
Altíssimo (Job 1:21;2:10;Tiago 5:11).
Mas se quisermos ter uma noção mais nítida do que é a paciência cristã
teremos de olhar para Jesus, o Qual quando O injuriavam, não injuriava e quando
padecia não ameaçava, não reagia com violência, mas entregava-Se totalmente nas
mãos do Pai, d’Aquele que julga justamente (I Pedro 2:23).
Se o nosso Mestre e Senhor, sendo Santo, Justo e Puro, sofreu com paciência
as maiores injustiças, aflições e privações que um homem pode suportar, então
estejamos dispostos a seguir-Lhe as pisadas, a fim de sermos verdadeiramente
Seus discípulos.