Há sem dúvida no nosso mercado livreiro
evangélico bons livros de edificação espiritual, de doutrina bíblica e de ética
cristã. A par destes, porém, importa reconhecer a existência também de inúmeros
livros cuja leitura não é aconselhável, por conterem erros e desvios
doutrinários perigosos para a genuína fé evangélica.
Infelizmente, nem sempre os crentes têm o
conhecimento e o discernimento necessários para saberem distinguir uns dos
outros, ou seja, fazer a separação entre o trigo e a palha, entre o alimento
sadio e o venenoso.
Por isso, gostaria de lançar hoje um desafio:
Se começássemos, por exemplo, a ler as
epístolas do Novo Testamento da mesma forma como lemos os livros que compramos?
Começaríamos a ler as epístolas do princípio ao fim, sem interrupções, salvo
para aquelas que têm um maior número de capítulos; mas mesmo estas
procuraríamos lê-las no mais curto espaço de tempo possível, a fim de
procurarmos assimilar todo o seu conteúdo. Se fizermos isto em espírito de
oração e sob a orientação do Espírito Santo, tiraremos um proveito espiritual
muito grande, pois a Palavra de Deus é sempre melhor, mais poderosa e
verdadeira do que qualquer interpretação ou devaneio humano.
Eu creio que a superficialidade visível na fé
de muitos, a falta de convicções e a ignorância acerca de temas fundamentais,
se devem ao facto dos crentes lerem a Bíblia nomeadamente o Novo Testamento, de
uma forma parcelar, uns versículos aqui e outros ali…em vez de lerem porções ou
livros completos da Escritura, os quais encerram em si, numa forma global, o
ensino de Deus para nós.