O mais difícil para o crente talvez seja encontrar toda a sua satisfação em Cristo, e só em Cristo. Na nossa religiosidade gostamos de nos exercitar em exercícios físicos de autodisciplina, que revelam a nossa devoção a Deus, a nossa humildade, jejuando ou abstendo-nos de várias coisas. Tudo isto, como diz o apóstolo Paulo, tem alguma aparência de piedade, mas não é de valor algum senão para a satisfação da carne (Col.2:23). O problema não está propriamente nas nossas abstinências ou no desejo de agradar a Deus no nosso viver diário; coisas que, em si mesmas, podem ser louváveis e benéficas, mas sim no facto disso contribuir para a satisfação do nosso orgulho próprio, do nosso ego, aumentando o nosso índice natural para a busca de merecimentos e de dignidade espiritual… Na verdade, temos muita dificuldade em aceitar que na nossa relação com Deus só contam os merecimentos de Jesus Cristo, a obra e o sacrifício de Jesus Cristo, a vida eterna que Ele nos dá pelo Seu Espírito