Paulo alerta Timóteo
para os perigos inerentes aos últimos dias, e entre as características que definem
os homens que viverão nesses dias salienta que terão urna aparência de piedade,
mas negarão pela sua vivência a eficácia dessa piedade. É que a graça de Deus
renova o coração e a mente do homem, tornando-o em Cristo urna nova criatura.
Não basta vir à igreja, não basta louvar a Deus ruidosamente e com todo o
aparato exterior proveniente da euforia carnal, é necessário que no quotidiano
a nossa vida manifeste o fruto do Espírito (Gál .5:22). Esta realidade é tão
importante que o Senhor Jesus não deixou também de salientá-la várias vezes,
leia-se por exemplo Mateus 7:20-23! O que importa é viver de um modo agradável
a Deus, buscando a santificação sem a qual ninguém verá ao Senhor; e não
vivendo numa total conformação com o mundo, imitando as práticas dos ímpios,
trazendo para o seio das igrejas as suas músicas e a sua maneira de estar e de
agir, renovando assim no "santuário" de Deus a abominação da
desolação (Mateus 24:15). Paulo exorta Timóteo, e através dele a todos os
genuínos cristãos, a que se afastem de tais falsos crentes, pois a convivência
com eles pode ser mais nefasta ainda para a nossa vivência espiritual, do que a
que possamos ter com os incrédulos.
Toda a nossa miséria provém de não querermos entregar o nosso caminho ao Senhor. E isto porque ignoramos quem Deus é; ignoramos o Seu poder e a Sua soberania sobre tudo e sobre todos. Não reconhecemos que Ele é o Deus vivo e tem o poder de cumprir infalivelmente todos os Seus desígnios. Assim, as nossas orações tornam-se monólogos, palavras proferidas no vazio ou no incerto. Não admira que tenham tão pouca força, e que a nossa vida seja tão raquítica e fútil em termos espirituais. Quando oramos esquecemos com frequência que não estamos a dirigir-nos a um nosso semelhante, mas sim Àquele que é Senhor nos céus e na terra. Orar é falar com o REI! Infelizmente, os homens não cessam de tentar rebaixar Deus ao nível deles. Querem um “Deus” que esteja ao serviço deles, que lhes faça todas as vontades e satisfaça todos os desejos do seu coração e da sua carne. Por isso, o mundo está como está, na miséria e no aviltamento. E, no entanto, se Deus fosse cruel e não nos amasse bast