Ao longo da semana
que passou pudemos meditar numa série de bem-aventuranças que são o privilégio
dos filhos de Deus: Em primeiro lugar, Deus nos escolheu e nos fez chegar a
Ele. Na verdade, foi Ele e não nós Quem nos fez povo Seu e ovelhas do Seu pasto.
E não há maior bem-aventurança do que esta. Contudo, esta bem-aventurança tem
ainda outras consequências maravilhosas para nós. Com efeito, as nossas
transgressões e os nossos pecados são perdoados em Cristo Jesus, cobertos pelo
Seu sangue vertido na cruz do Calvário. Nós somos agora o povo cujo Deus é o
Senhor e toda a nossa esperança está posta no Senhor nosso Deus. É certo que,
por vezes, não vemos no nosso viver quotidiano os efeitos maravilhosos de todas
estas bem-aventuranças, mas o verdadeiro filho de Deus não firma a sua
confiança naquilo que vê, nas suas próprias experiências, ele crê na Palavra de
Deus, crê em todas as promessas do Senhor, esperando pacientemente o
cumprimento dessas promessas no tempo determinado pelo próprio Deus. Deste
modo, o crente como que vê o invisível, vivendo pela fé, e de fé em fé,
guardando todas as palavras reveladas por Deus na Sua Santa Escritura, a
Bíblia. Damos, pois, graças a Deus por toda esta semana de cultos especiais
organizados pela Sociedade de Senhoras, e pedimos ao Altíssimo que continue a
abençoar ricamente este Departamento da nossa Igreja.
Toda a nossa miséria provém de não querermos entregar o nosso caminho ao Senhor. E isto porque ignoramos quem Deus é; ignoramos o Seu poder e a Sua soberania sobre tudo e sobre todos. Não reconhecemos que Ele é o Deus vivo e tem o poder de cumprir infalivelmente todos os Seus desígnios. Assim, as nossas orações tornam-se monólogos, palavras proferidas no vazio ou no incerto. Não admira que tenham tão pouca força, e que a nossa vida seja tão raquítica e fútil em termos espirituais. Quando oramos esquecemos com frequência que não estamos a dirigir-nos a um nosso semelhante, mas sim Àquele que é Senhor nos céus e na terra. Orar é falar com o REI! Infelizmente, os homens não cessam de tentar rebaixar Deus ao nível deles. Querem um “Deus” que esteja ao serviço deles, que lhes faça todas as vontades e satisfaça todos os desejos do seu coração e da sua carne. Por isso, o mundo está como está, na miséria e no aviltamento. E, no entanto, se Deus fosse cruel e não nos amasse bast