“Elevo os meus olhos…”, quer dizer: eu vejo
bem as interrogações e enigmas que ameaçam a minha vida, vejo a fragilidade de
toda a minha existência. Na verdade, que significado tem a minha efémera vida
no percurso da história humana
Contudo, e apesar de todas estas realidades,
eu não tenho medo, pois elevo os meus olhos para o alto e na imensidão do tempo
e do espaço eu vejo o meu socorro. O fardo que carrego não é a única realidade,
nem mesmo a mais importante. No meio da escuridão e da angústia eu vejo uma saída,
vejo a libertação no poder de Deus.É certo que, refletindo no passado, nós podemos sempre tomar boas resoluções quanto ao futuro, e decidir que nada será igual a partir de agora. Em alternativa, podemos dizer: “comamos e bebamos que amanhã morreremos”! Em qualquer dos casos revelamos a nossa insensatez. Pois tais resoluções deixam-nos entregues a nós mesmos, às nossas capacidades, à nossa vontade própria, ou seja, a toda a nossa impotência.
Porém, quando elevamos os nossos olhos para os montes saímos de nós mesmos, deixamos de estar centrados nas nossas forças, na nossa vontade, no nosso “eu”, a fim de olharmos para Deus, o Único que nos pode libertar da angústia, da ansiedade e do medo.
Importa, pois, que olhemos para o Alto, que busquemos no Senhor, e só n’Ele, o socorro, a libertação plena. Importa confiar n’Aquele que é soberano sobre tudo e sobre todos, e em cuja Mão está toda a nossa vida.
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