Alguns pensam que o anúncio da misericórdia e
da graça de Deus torna os homens licenciosos e preguiçosos. Se a graça de Deus
opera tudo em nós, que nos resta ainda a nós fazer?
Ora, é justamente o
contrário que é verdadeiro. Precisamente porque do princípio ao fim Deus faz
tudo em nós, temos também, sobre um tal fundamento, qualquer coisa a fazer.
Talvez não seja muito lógico, mas é a verdade.
Podem dizer-me
continuamente que tenho deveres a cumprir: ser íntegro e honesto, zeloso e
dedicado, ter autocontrolo e libertar-me das tendências perversas que há em
mim. Isso, porém, levar-me-á ao desânimo e à indiferença. A moral só por si,
servida em doses legalistas, corrompe ainda mais os homens, tornando-os
hipócritas ou cínicos.
Mas escutar Jesus
Cristo na Sua Palavra, no poder do Seu Espírito, é algo que não deixará de me
despertar como que de um sono profundo e de me vivificar. Deste modo, somos
movidos pelo Espírito de Deus identificando-nos com Cristo na Sua morte e na
Sua ressurreição. A Palavra de Deus quando opera em nós na eficácia do Espírito
Santo liberta-nos da nossa indiferença e da nossa ilusória auto-suficiência.
Não é a moral que
falta aos homens do nosso tempo, mas sim o ouvir e escutar a Palavra de Deus, a
Boa Nova da graça Divina revelada em Jesus Cristo.
Importa que ousemos
viver na total dependência da misericórdia e da graça de Deus! Só assim as
nossas vidas poderão marcar a diferença neste mundo, evitando que as nossas
igrejas continuem a conformar-se com as filosofias e ideologias do presente
século.
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