O pecado é escravidão. Porém, aparentemente, ele é a liberdade que o homem natural almeja. A pseudoliberdade que o homem quis ter em Adão. Quisemos viver a vida à nossa maneira, independentes de Deus, tal como o filho pródigo o fez também. Ele pensava que podia prosperar e viver feliz longe do pai. Mas, ao invés dessa liberdade e felicidade que almejava viu-se subitamente na miséria e na maior e mais vil das servidões.
Esta servidão e miséria nós conhecemo-la bem na nossa vida, conhecemo-la na experiência quotidiana e humilhante das coisas que não desejávamos, nem devíamos de fazer, e que, no entanto, acabamos por fazer. Porquê? Porque “a carne é fraca”, e forte é nela o poder do pecado que nos escraviza.
Esta escravidão é ainda visível no mau humor com que acordamos e que estraga todo o nosso dia, na inconstância e na preguiça interiores que paralisam a nossa vontade. Ela pesa continuamente ao longo da nossa vida, tornando triste e amarga a nossa velhice e sombria a nossa morte. Ela habita em nós, na nossa carne, e anula todos os bons projetos que possamos elaborar. E nós não podemos libertar-nos por nós mesmos! Mas… “se pois o Filho vos libertar…” (Jo.8:36). Então nós poderemos voltar à casa paterna, ter comunhão com o Pai e viver de novo na Sua dependência. Com Ele, o nosso Deus, a felicidade torna-se uma realidade, já não tememos nem mesmo o poder do pecado.
Mas será isto possível?
A nós não é possível, mas “as coisas que são impossíveis aos homens, são possíveis a Deus” (Lc.18:27). É Ele quem nos liberta da escravidão que domina até a nossa própria vontade… E nisto, nesta libertação, se revela a Sua infinita misericórdia e Graça soberana.
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