Todas as precauções e cuidados que as pessoas estão a tomar individual e coletivamente contra os perigos duma eventual “gripe” faz-me pensar em todo o imenso descuido e insensibilidade das mesmas pessoas para com outros perigos igualmente, ou até muito mais malignos do que os da “gripe”. Refiro-me aos perigos espirituais…
De há alguns anos para cá, o meio Evangélico está a ser totalmente minado por um ou vários “vírus” de diversas procedências, por vezes difíceis de detetar e de diagnosticar. Todos eles levam à decadência e enfermidade espiritual, à conformação com o mundo, com a consequente perda daquilo que constitui a essência da vivência cristã, a santificação. Já não há separação entre o mundo e a igreja, entre o crente e o não crente, entre aquilo que é de Deus e aquilo que não é de Deus. As igrejas estão a perder a sua identidade doutrinária, desviando-se da fidelidade ao “Evangelho” e aos ensinos de Cristo revelados no Novo Testamento.
Caminha-se também na área espiritual para uma globalização da “fé”, esquecendo que tal globalização desviará as igrejas ainda fiéis a Cristo do verdadeiro Evangelho, levando-as à apostasia e ao erro. No fim estaremos todos unidos na mentira, servindo não a Deus, mas ao Anticristo.
De facto, todos estes movimentos de pseudo-unificação espiritual são como que arautos e preparadores do caminho para o “Anticristo”, tal como a Escritura o prevê e anuncia.
O que nos admira é que os crentes que ainda são fiéis e conhecem o Evangelho não tomem as mesmas precauções ou maiores ainda contra estes “vírus” espirituais, como o fazem contra a “gripe”.