Esta é talvez a maior e mais tremenda opção que terá de fazer um pastor ou ministro da Palavra de Deus. Quem sobe ao púlpito, ou noutro lugar qualquer préga o Evangelho, tem de ter como alvo agradar a Deus, ser fiel à Palavra do Senhor e instruir os homens em todo o conselho de Deus. Quando o pregador procura agradar aos homens, ou pelo menos tenta evitar decepcioná-los ou escandalizá-los, então vem infalivelmente a falsificação e adulteração do Evangelho.
Por que razão algumas doutrinas bíblicas são ignoradas ou interpretadas duma forma tão superficial e leviana que acabam por ser "compreendidas" de um modo errado? Por que razão, atualmente, se ouve raramente dos nossos púlpitos a exigência básica feita por Jesus àqueles que querem ser Seus discípulos: Negarem-se a si mesmos, tornarem cada dia a sua cruz e seguirem-No (Lucas 9:23)...? Por que razão a tendência é levar as pessoas a crer que Cristo suprirá sempre todas as suas necessidades físicas e materiais, pelo que nunca estarão doentes, nem terão problemas de ordem financeira?...
As igrejas têm de optar entre falsificar o Evangelho a fim de agradarem aos homens e estarem repletas de gente, ou então serem fiéis ao Evangelho, agradarem a Deus e limitarem-se a ter como membros aqueles que o Senhor vai salvando em Cristo pela Sua graça, muitos ou poucos, como Lhe aprouver! Os homens, para além de quererem sempre ver satisfeitos os seus desejos e necessidades, gostam também de mostrar que têm valor e pelos seus méritos alcançam todas as coisas... Nada mais contrário a esta tendência carnal do que o Evangelho que revela que o homem nada pode e nada é em si mesmo, pois tem de encontrar em Cristo toda a suficiência.