O grande êxito popular que têm alcançado os
movimentos carismáticos, em flagrante contraste com o enfraquecimento numérico
das igrejas tradicionais, revela que apesar dos avanços tecnológicos e
científicos do mundo moderno o homem em nada mudou.
Se olharmos para os evangelhos verificamos
que enquanto Jesus fazia milagres era enorme a multidão que O seguia, e quando
o Senhor multiplicou os pães e os peixes até queriam fazê-Lo rei, mas quando
Cristo começou a ensinar a Sua doutrina de um modo mais profundo e radical a
reação foi de repúdio, sendo muitos aqueles que “tornaram para trás,
e já não andavam com Ele” (Jo.6:66). Por fim, a multidão, incitada pelos
seus líderes religiosos, exigiu de Pilatos a Sua crucificação...
É também grande o êxito dos astrólogos e
videntes, e muitos estão a cair de novo em superstições medievalistas que se
supunha terem sido há muito erradicadas da nossa Civilização Ocidental.
É neste ambiente social conturbado e confuso
que os verdadeiros crentes em Cristo têm de testemunhar e de viver a sua fé.
Não é fácil, mas também nunca foi fácil viver de forma genuína a fé cristã.
Importa perseverar no Evangelho bíblico, na
divulgação dos ensinos de Jesus Cristo que encontramos no Novo Testamento. Não
caiamos na tentação de imitar aqueles que, por se afastarem da Verdade revelada
por Cristo, enganando os homens com um “outro evangelho”, falso e sedutor,
prosperam na vida e têm um aparente êxito humano.
Para nós o que deve
contar não é a aprovação dos homens, mas a aprovação de Deus, não é a glória
dos homens, mas sim a glória de Deus.