É tão difícil evitarmos os desequilíbrios,
cairmos em extremos opostos que são igualmente nocivos para a nossa vida e para
a vida da igreja a que pertencemos.
Quando as igrejas são frias e os seus cultos
se assemelham a velórios, revelando a falta de vida espiritual dos seus
membros, aqueles que se insurgem contra uma tal situação têm a tendência de
cair num louvor frenético, cheio de vida sem dúvida, mas muito mais carnal do
que espiritual.
O equilíbrio, a saúde espiritual, está num
louvor vivo, alegre e simultaneamente reverente, elevado em termos de conteúdo
bíblico, onde haja entusiasmo e solenidade, e uma coisa não anule a outra.
O que se passa em relação ao louvor é também
verdade no que toca à vivência cristã. Há aqueles para quem a fé em Cristo se
resume à vida na igreja, ao nível apenas espiritual. Para outros, a fé cristã é
sobretudo ação social, envolvimento com o mundo e com os pobres, na busca de
soluções materiais para a vida dos homens e das sociedades envolventes.
Também aqui o equilíbrio é a nota da
verdadeira espiritualidade e da genuína vivência cristã.
Ao longo desta semana, organizada pela União de Homens
da nossa igreja, tivemos ocasião de meditar em que consiste a autêntica
vivência cristã, no comportamento adequado para o crente no mundo em que vive.
Esperamos que o Senhor nos tenha dado a todos
ouvidos para ouvirmos e corações recetivos à Sua Palavra, a fim de assimilá-La
e vivê-La no dia-a-dia, mostrando o equilíbrio revelador da genuína ação do
Espírito Santo em nós.