De entre os grandes perigos que ameaçam na
atualidade o meio Evangélico, um dos maiores é aquele que está procurando
fazer-nos desviar da graça de Deus para um novo tipo de legalismo ou
“judaização”. São inúmeros os indícios desta realidade nas nossas igrejas e
nalguns movimentos modernos denominados “evangélicos”
Por exemplo, as peregrinações a Israel com
participação nas festas do calendário judaico, festas que foram abolidas com a
vinda de Jesus Cristo ao mundo, pois elas eram uma sombra da realidade que é
Cristo e têm n’Ele o seu pleno e perfeito cumprimento, pelo que já não se
justifica a sua continuidade. Assim, participar nelas é negar a fé no Messias
que já veio e associar-nos àqueles que ainda O esperam… portanto não creem que
Jesus é o Cristo.
O mesmo se poderia dizer acerca da nova
ênfase que é dada por muitos à guarda do sábado. Pois para nós, Cristãos, Jesus
é o Senhor do Sábado, é n’Ele que entramos no repouso de Deus, descansando das
nossas obras como Deus descansou das Suas. O sábado judaico era um sinal dado
por Deus ao Seu povo, lembrando-lhe que a vida dos homens não depende das obras
deles, mas da Graça Divina, na qual devem descansar e repousar com plena fé e
segurança (Ez.20:12). Sabemos que a vida eterna que possuímos em Cristo não
depende das nossas obras, mas da obra que Jesus realizou em nosso lugar para
nossa justificação e santificação. Assim, quando confiamos plenamente em Cristo
deixamos de confiar em nós e entramos no sábado eterno do Senhor. Jesus Cristo
é, portanto, o nosso sábado.
Poderíamos citar ainda a forma como os cultos
das nossas igrejas estão a perder a simplicidade ensinada no Novo Testamento,
ou seja, um louvor e adoração “em espírito e em
verdade”, para voltarem a um estilo mais próximo das celebrações do Velho
Testamento…
O que está em causa é a negação de tudo o que
significou e significa para nós a vinda de Jesus Cristo ao mundo e a plenitude
da Sua Revelação Divina.