No século passado, o erro do modernismo foi a
defesa que fez da autonomia da razão humana: tudo o que o homem não podia
compreender ou explicar racionalmente era rejeitado. Daí a negação ou omissão
de tudo o que na Bíblia transcendia a mente humana e não podia ser explicado de
um modo racional: os milagres, a divindade e humanidade de Jesus Cristo, o Seu
nascimento virginal, a Sua ressurreição corpórea e ascensão aos céus, e outras
verdades mais…
Entretanto, veio o pós-modernismo que nos
leva para o extremo oposto, fazendo-nos cair num espiritualismo exacerbado e
relativista ou aglutinador, o qual não aceita uma revelação objectiva vinda de
Deus, preferindo fundamentar-se em experiências subjetivas e emocionais que
transportam o homem para um novo paganismo, muito semelhante ao dos povos da
antiguidade.
A visão que o homem contemporâneo tem do
mundo põe em causa qualquer verdade absoluta e objetiva, levando as pessoas a
não terem certezas em relação seja ao que for. O relativismo e o subjetivismo
são radicais, e qualquer “verdade” é sempre relativa, nunca universal.
Esta realidade dificulta em extremo a
proclamação do Evangelho de Cristo com fidelidade e sem ambiguidades quanto à
Verdade n’Ele revelada. Tal proclamação parece obsoleta e inaceitável à nova
mentalidade e espiritualidade geradas no homem contemporâneo.
O drama é que só o Evangelho de Jesus Cristo
pode revolucionar a mente e o coração dos homens, dando-lhes uma razão para
viver e para lutar, dando-lhes um alvo eterno para a vida já neste mundo,
mostrando-lhes que esta vida tem sentido e vale a pena ser vivida precisamente
porque se projeta numa eternidade gloriosa. Certeza que nos é dada pela
ressurreição de Jesus Cristo.