“A Mensagem Baptista” publicou há algum tempo atrás um artigo para o qual eu gostaria de chamar a atenção dos irmãos que leem este boletim. O seu autor refere-se à situação da Igreja no Brasil, mas é perfeitamente adequado à realidade que vivemos em Portugal. Vamos recordar alguns parágrafos desse texto de Ziel Machado e refletir na situação das igrejas evangélicas do nosso país:
“Um dos piores inimigos da fé evangélica é o processo de mercantilização da fé com todos os seus derivados…” Referência àqueles que se servem da fé, sobretudo da fé dos outros, para enriquecerem explorando a credulidade e ingenuidade do próximo. Este negócio com a fé não só é um embuste e uma fraude espiritual, mas também desvia a muitos da genuína fé evangélica, criando anti-corpos espirituais contra o verdadeiro Evangelho de Cristo.
“Uma espiritualidade que faz pouco caso da revelação contida nas Escrituras acaba se tornando uma capa religiosa para um sistema que transforma a casa de oração para todos os povos em covil de ladrões! Estamos diante duma realidade na qual as aparências enganam. O que parece frondoso à distância, pode se mostrar enganoso de perto. O templo, que parecia ativo em sua função de ser o lugar onde o nome de Deus era invocado, revelou-se uma aberração espiritual e moral… À medida que esta entidade “mercado”, com seus valores e paradigmas aperfeiçoa o seu funcionamento e sofistica a sua capacidade de formar paradigmas, ela estende os seus tentáculos sobre cada esfera da vida humana, inclusive sobre nós, na igreja. O que nos deixa perplexos é a nossa incapacidade de discernir esse processo… Isso nos está levando a um ajuste tão fino com a realidade circundante, que a diferença entre mundo e igreja se torna apenas retórica. O resultado é que estamos trazendo para o “templo” um sistema idolátrico com cara de piedade evangélica. Este é o mal mais terrível, o mal com cara de bem”.
Transcrevemos estes parágrafos relativos à situação das igrejas evangélicas no Brasil porque, como já afirmamos, cremos que esta é a situação igualmente em Portugal. Seria bom refletirmos profundamente nestas palavras para que pelo menos na nossa igreja local não penetre este espírito profano com capa de “piedade”.
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