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Mensagens

A mostrar mensagens de junho, 2011

Como vemos e sentimos

Geraldo tinha um grande prazer em ir à sua igreja a fim de cultuar a Deus com os seus irmãos na fé. Naquele dia, sobretudo, o culto estava a ser uma grande bênção para ele: sentia uma atmosfera espiritual à sua volta, os hinos eram cantados com vida e ele meditava na profunda mensagem que cada um deles transmitia ao seu coração e à sua mente. Na pregação parecia que Deus estava a falar diretamente para ele, orientando-o, exortando-o e alegrando-o na certeza do perdão e da salvação em Jesus Cristo. Foi imbuído de um sentimento de alegria e profunda paz espiritual que no final falou a alguns dos irmãos e se despediu deles até ao próximo culto. Afonso foi ao culto unicamente por dever e no desejo de descobrir motivos para desculpar as suas inúmeras ausências: ao entrar e sentar-se na casa de oração o seu único cuidado era examinar o que cada um fazia antes de começar o culto. Assim, não lhe passou despercebido que duas irmãs, em vez de estarem em espírito de oração, estavam convers

Vertigem ou segurança?

  Vivemos uma época em que as mudanças sociais, económicas, culturais e religiosas são de tal modo vertiginosas que nos deixam estonteados e sem rumo definido. Um estudo elaborado por um grupo de sociólogos revelou esta estarrecedora realidade: “Do ano 1 até 1900 houve menos mudanças sociais, culturais e tecnológicas, do que de 1900 a 1990”. Ou seja, em 70 gerações houve menos mudanças do que nas 3 gerações do século XX. E, para se avaliar a forma vertiginosa como as mudanças estão a suceder atualmente, de 1980 a 2010 houve mais mudanças do que do ano 1 até 1980. Não admira que todas as estruturas estejam em vias de dissolução: na economia, na família, na vida social e laboral. Até o papel que cabe a cada sexo desempenhar na sociedade parece incerto, nalguns casos invertendo ou subvertendo a própria ordem natural. Como consequência temos: desilusão, esgotamentos psíquicos e nervosos, um grande desenraizamento cultural que causa sentimentos de depressão, de angústia, de vazi

A problemática atual

O principal erro do modernismo foi a afirmação da autonomia e soberania da razão humana: tudo aquilo que o homem não podia compreender ou explicar racionalmente devia ser rejeitado ou mesmo negado. Entretanto, veio o chamado pós-modernismo que nos leva para o extremo oposto e nos faz cair num espiritualismo exacerbado, que também não aceita uma Revelação objetiva e universal, vinda de Deus, preferindo fundamentar-se em experiências subjetivas e emocionais que transportam de novo o homem para uma espiritualidade pagã, muito semelhante à dos povos da Antiguidade… Veja-se, por exemplo, a grande influência que exercem atualmente na sociedade Ocidental os movimentos religiosos de cariz sincretista, eivados das várias espiritualidades orientais, ao estilo “Nova Era”. Daí a dificuldade em proclamar o Evangelho de Jesus Cristo com fidelidade e sem ambiguidades quanto à Verdade n’Ele revelada. Essa proclamação de uma verdade absoluta, revelada pelo único Deus vivo, Criador e Senhor