Tudo se tornara trevas à nossa volta e em nós
mesmos; o mundo era um imenso vazio e o nosso coração um deserto sem fim. O
pecado em nós revelava-se na sua mais cruel realidade: estávamos separados de
Deus, impossibilitados de chegar à Sua presença e de Lhe falar. A única coisa
que podíamos fazer era clamar, lembrando-nos que Ele é o Deus dos nossos pais,
Aquele Deus do Qual ouvíramos dizer ser o Senhor de toda a verdade e de toda a
graça.
É certo que nós não víamos nada disso na
nossa vida, apenas ouvíramos outros dizer que viveram e ouviram tudo aquilo que
Deus fizera e dissera ao Seu povo. Então, no meio da nossa miséria e da nossa
opressão, clamamos ao Senhor! Ao fazê-lo constatamos que antes mesmo de
clamarmos já Ele tinha ouvido o nosso clamor. Tornou-se, então, uma evidência
para nós que os nossos pais não se haviam enganado em tudo aquilo que
testemunharam ter visto e ouvido de Deus.
Assim, o Senhor já não era apenas o Deus dos
nossos antepassados, o Deus de outrora. Ele estava presente na nossa vida e
via-nos a nós, homens e mulheres do século XXI, como vira a nossos pais. A Sua
verdade e a Sua graça eram uma realidade em nós, tal como tínhamos ouvido e
lido.
Que viu Ele em nós?
A nossa miséria e a
nossa angústia, toda a nossa impiedade e pecado, o mesmo que vira nos nossos
pais. Mas, tal como fizera com eles, também para nós Ele olhou na Sua graça e
na Sua misericórdia, concedendo-nos em Jesus Cristo pleno perdão e purificação
dos pecados. Dá-nos agora a força do Seu Espírito para usufruirmos uma vida
renovada, desfrutando da Sua comunhão e orientação.