Hoje em dia encontramo-nos perante um número considerável de diferentes traduções da Bíblia. Não devemos supor que tal diversidade seja desejável ou mesmo inocente, na medida em que o significado que qualquer texto comunica se vê influenciado por uma variedade de fatores que a maior parte dos leitores ignora. Na verdade o método usado para a tradução da Bíblia revela não só a cosmovisão dos tradutores e editores, mas também o respeito e o valor que eles atribuem à Bíblia. Para além de questões morfológicas e sintáticas, o produto final de qualquer tradução refletirá sempre o conceito que o tradutor tem do próprio texto bíblico, ou seja, a teologia do tradutor quanto à natureza da Bíblia influenciará o modo como ele manejará o texto e as liberdades que adotará ou não ao traduzir as Escrituras. Durante séculos, as traduções da Bíblia foram feitas sempre pelo método da correspondência formal , o qual podemos definir como a busca fiel do conteúdo semântico de cada vocábulo ou palavra