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Mensagens

A mostrar mensagens de fevereiro, 2012

Serão evangélicos?

Se quisermos, à luz da história, definir o que é ser Evangélico , teologicamente falando, teremos de recorrer para maior segurança e objectividade ao lema essencial da Reforma protestante: “Só a Escritura, só a Fé, só a Graça”! Verificamos que este lema é negado na prática por quase todos os recentes movimentos de fé, pelas novas igrejas de tendência carismática. Estes movimentos têm como alvo impor uma visão mágica da vida como expressão da fé, suscitando assim uma nova espiritualidade, diversa daquela que sempre inspirou os Cristãos genuínos ao longo dos séculos. Ao entenderem a Fé como observação antecipada de algo que ainda não sucedeu e, sobretudo, como um poder humano que influencia Deus; a Graça como os poderes que o crente possui em si mesmo para tornar realidade os seus desejos; a Escritura como um meio de revelação entre outros (visões, sonhos, revelações directas, etc), ao interpretarem desta forma os princípios básicos da Fé Evangélica , os movimentos carismát

Romanos 6:1-4

Alguns pensam que o anúncio da misericórdia e da graça de Deus torna os homens licenciosos e preguiçosos. Se a graça de Deus opera tudo em nós, que nos resta ainda a nós fazer? Ora, é justamente o contrário que é verdadeiro. Precisamente porque do princípio ao fim Deus faz tudo em nós, temos também, sobre um tal fundamento, qualquer coisa a fazer. Talvez não seja muito lógico, mas é a verdade. Podem dizer-me continuamente que tenho deveres a cumprir: ser íntegro e honesto, zeloso e dedicado, ter autocontrolo e libertar-me das tendências perversas que há em mim. Isso, porém, levar-me-á ao desânimo e à indiferença. A moral só por si, servida em doses legalistas, corrompe ainda mais os homens, tornando-os hipócritas ou cínicos. Mas escutar Jesus Cristo na Sua Palavra, no poder do Seu Espírito, é algo que não deixará de me despertar como que de um sono profundo e de me vivificar. Deste modo, somos movidos pelo Espírito de Deus identificando-nos com Cristo na Sua morte e na Su

Salmo 121:1-2

“Elevo os meus olhos…” , quer dizer: eu vejo bem as interrogações e enigmas que ameaçam a minha vida, vejo a fragilidade de toda a minha existência. Na verdade, que significado tem a minha efémera vida no percurso da história humana Contudo, e apesar de todas estas realidades, eu não tenho medo, pois elevo os meus olhos para o alto e na imensidão do tempo e do espaço eu vejo o meu socorro. O fardo que carrego não é a única realidade, nem mesmo a mais importante. No meio da escuridão e da angústia eu vejo uma saída, vejo a libertação no poder de Deus. É certo que, refletindo no passado, nós podemos sempre tomar boas resoluções quanto ao futuro, e decidir que nada será igual a partir de agora. Em alternativa, podemos dizer: “comamos e bebamos que amanhã morreremos”! Em qualquer dos casos revelamos a nossa insensatez. Pois tais resoluções deixam-nos entregues a nós mesmos, às nossas capacidades, à nossa vontade própria, ou seja, a toda a nossa impotência. Porém, quando elevamos os

Salmo 37:5

Toda a nossa miséria provém de não querermos entregar o nosso caminho ao Senhor. E isto porque ignoramos quem Deus é; ignoramos o Seu poder e a Sua soberania sobre tudo e sobre todos. Não reconhecemos que Ele é o Deus vivo e tem o poder de cumprir infalivelmente todos os Seus desígnios. Assim, as nossas orações tornam-se monólogos, palavras proferidas no vazio ou no incerto. Não admira que tenham tão pouca força, e que a nossa vida seja tão raquítica e fútil em termos espirituais. Quando oramos esquecemos com frequência que não estamos a dirigir-nos a um nosso semelhante, mas sim Àquele que é Senhor nos céus e na terra. Orar é falar com o REI! Infelizmente, os homens não cessam de tentar rebaixar Deus ao nível deles. Querem um “Deus” que esteja ao serviço deles, que lhes faça todas as vontades e satisfaça todos os desejos do seu coração e da sua carne. Por isso, o mundo está como está, na miséria e no aviltamento. E, no entanto, se Deus fosse cruel e não nos amasse bast

Liberdade ou escravidão?

O pecado é escravidão. Porém, aparentemente, ele é a liberdade que o homem natural almeja. A pseudoliberdade que o homem quis ter em Adão. Quisemos viver a vida à nossa maneira, independentes de Deus, tal como o filho pródigo o fez também. Ele pensava que podia prosperar e viver feliz longe do pai. Mas, ao invés dessa liberdade e felicidade que almejava viu-se subitamente na miséria e na maior e mais vil das servidões. Esta servidão e miséria nós conhecemo-la bem na nossa vida, conhecemo-la na experiência quotidiana e humilhante das coisas que não desejávamos, nem devíamos de fazer, e que, no entanto, acabamos por fazer. Porquê? Porque “a carne é fraca” , e forte é nela o poder do pecado que nos escraviza. Esta escravidão é ainda visível no mau humor com que acordamos e que estraga todo o nosso dia, na inconstância e na preguiça interiores que paralisam a nossa vontade. Ela pesa continuamente ao longo da nossa vida, tornando triste e amarga a nossa velhice e sombria a nossa