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A mostrar mensagens de junho, 2014

A plena satisfação

O mais difícil para o crente talvez seja encontrar toda a sua satisfação em Cristo, e só em Cristo. Na nossa religiosidade gostamos de nos exercitar em exercícios físicos de autodisciplina, que revelam a nossa devoção a Deus, a nossa humildade, jejuando ou abstendo-nos de várias coisas. Tudo isto, como diz o apóstolo Paulo, tem alguma aparência de piedade, mas não é de valor algum senão para a satisfação da carne (Col.2:23). O problema não está propriamente nas nossas abstinências ou no desejo de agradar a Deus no nosso viver diário; coisas que, em si mesmas, podem ser louváveis e benéficas, mas sim no facto disso contribuir para a satisfação do nosso orgulho próprio, do nosso ego, aumentando o nosso índice natural para a busca de merecimentos e de dignidade espiritual… Na verdade, temos muita dificuldade em aceitar que na nossa relação com Deus só contam os merecimentos de Jesus Cristo, a obra e o sacrifício de Jesus Cristo, a vida eterna que Ele nos dá pelo Seu Espírito

A grande lição de Hebreus

A grande diferença entre o Velho Testamento e o Novo Testamento consiste no local onde Deus coloca a Sua Lei: em tábuas de pedra, no ministério de Moisés, ou no coração e na mente dos homens, no ministério de Jesus Cristo. Agora, todo aquele que entra nesta Nova aliança em Cristo possui o conhecimento de Deus, pois é ensinado pelo Espírito Santo que nele habita e opera. O Sumo-Sacerdote desta Nova Aliança é Jesus Cristo, portanto um sacerdócio eterno e perfeito. Os sacrifícios de animais no Velho Testamento eram uma sombra ou figura do sacrifício redentor que verdadeiramente expia os pecados dos crentes: a oblação do corpo de Jesus Cristo feita uma só vez, e pela qual Deus aperfeiçoou para sempre os que são santificados. Jesus Cristo, o nosso Sumo-Sacerdote, entrou no verdadeiro Santuário, nos céus e não na terra, onde se encontra à dextra de Deus intercedendo por nós. Assim, todo o crente em Jesus Cristo tem o privilégio de aceder diretamente à presença de Deus e de te

Efésios 10

Quando pensamos na nossa salvação temos a tendência para esquecer as tremendas consequências provenientes da queda dos nossos primeiros pais. Tal como o Senhor havia dito, quando o homem pecou ele morreu também espiritualmente. Com efeito, a morte física é resultante dessa morte espiritual. Só tendo consciência desta realidade poderemos avaliar devidamente o imenso amor, a riqueza da misericórdia e da graça de Deus para connosco: na verdade, nós estávamos mortos no nosso pecado, e Deus deu-nos a vida em Cristo Jesus. Por meio do Evangelho, o Senhor suscitou em nós a fé, pela qual nos vivificou em Cristo e nos fez assentar nos lugares celestiais, para desfrutarmos igualmente da glória de Cristo. Portanto, a salvação não vem de nós mesmos, não vem das nossas obras, das nossas decisões ou de algo que haja em nós, a fim de que não nos possamos gloriar. A salvação é um dom gratuito de Deus! É Ele Quem faz de nós novas criaturas em Cristo Jesus, levando-nos deste modo à prática

Romanos 3:9

Sabemos que todas as coisas que sucedem na nossa vida e à nossa volta na sociedade contribuem, na sua globalidade, para o nosso bem. Que bem é este? Sermos conformes à imagem de Cristo. A Escritura afirma que aqueles aos quais Deus conheceu como Seus, e aos quais amou e ama com amor eterno em Cristo Jesus, a esses também predestinou para serem conformes à imagem de Seu Filho, a fim de que Ele seja o primogénito entre muitos irmãos. Assim, todos aqueles a quem Deus chama e atrai a Jesus Cristo por meio da fé no Evangelho, a todos esses o próprio Senhor vai moldando e aperfeiçoando em Cristo Jesus, de modo a que no final dessa Sua obra em nós, estejamos conformes à imagem de Cristo. Sabemos que Deus opera em nós, não só pelo Seu Espírito, mas também através dos diversos acontecimentos e circunstâncias que surgem na nossa vida ao longo desta peregrinação terrena. Portanto, por mais adversas e penosas que sejam as situações pelas quais passamos, sabemos que todas elas têm um

Que justiça?

Causa-nos perplexidade sabermos que há ainda pessoas que se dizem cristãs e que pretendem continuar a viver debaixo da Lei dada por Deus a Moisés para o povo de Israel. Obviamente que não podem cumprir todos os requisitos dessa Lei, porque se o pudessem fazer Jesus Cristo não teria vindo ao mundo a fim de assumir a condição humana para em lugar do homem pecador cumprir perfeitamente a Lei e, assim, alcançar a justiça de Deus para todo aquele que n’Ele crê. Também não é pelo facto de não comerem certas carnes proibidas, nem por guardarem o sétimo dia estipulado na Lei, que alcançarão a justiça que Deus requer. Mas o que nos deixa verdadeiramente perplexos é esses ditos “cristãos” não lerem o Novo Testamento, ou então, não compreenderem absolutamente nada do que é revelado acerca de Jesus Cristo, e de como n’Ele se cumpre toda a Lei. Tudo é sombra ou figura na Lei de Moisés, a realidade é Jesus Cristo! Em Cristo Jesus, o crente entra no verdadeiro sábado do Senhor, pois repous

Moral ou graça Divina?

Alguns pensam que a proclamação da misericórdia e da graça de Deus como a causa única da nossa eterna salvação torna os homens preguiçosos e desleixados quanto ao seu comportamento e às suas ações. Se tudo é obra da graça Divina, então nada mais resta ao homem fazer! Ora, sucede que o contrário é que é verdadeiro. É precisamente porque Deus opera tudo em nós, que nós podemos fazer, e fazemos infalivelmente alguma coisa! Posso ouvir muitos sermões sobre os meus deveres quanto a ser honesto, íntegro, ter autodomínio, vencer as más inclinações que há em mim… Nada disso me ajudará a fazer o bem, pelo contrário, o mais certo é desencorajar-me, fazer-me cair na depressão ou numa cínica indiferença. A moral, por si só, corrompe os homens. Mas escutar Jesus Cristo, ouvir a Sua Palavra, significa vida, ação divina em nós. Então, pelo poder da Palavra de Cristo somos impulsionados a agir em conformidade com a vontade de Deus para nós. A Palavra Divina liberta-nos dos desejos da car

“Bendito és Tu, ó Senhor; ensina-me os Teus Estatutos” (Sal.119:12)

Ó Senhor ensina-nos! Eis o grande segredo de cada um dos nossos instantes, ao longo de toda a nossa vivência. Só o Senhor pode ensinar-nos a viver segundo a Sua vontade, revelando-nos o caminho que devemos trilhar em cada dia da nossa peregrinação terrena. Esse caminho eu não o conheço antecipadamente, tenho de permanecer em cada instante atento ao ensino de Deus na Sua Palavra, a fim de que seja sempre Ele, pelo Seu Espírito, a dirigir os meus passos. E é porque o salmista está consciente de que Deus o ensina e o guia em cada momento e situação da sua vida, que ele bendiz ao Senhor. Eis as palavras de louvor que nos comunicam alegria e libertação. O que não sucederia se, equivocadamente, pensássemos que tudo dependia da nossa vontade, da nossa aceitação dos Seus ensinos. Se tudo dependesse da nossa vontade sujeita ao pecado, será que alguma vez obedeceríamos a Deus e andaríamos nos Seus caminhos? Quando o Senhor nos ensina revela o Seu amor para connosco. Ele diz-no

A Verdade

Se Jesus Cristo é o nosso Senhor, como nós o confessamos, isso significa simplesmente que a Ele submetemos incondicionalmente os nossos pensamentos, as nossas palavras e os nossos atos. E é Ele Aquele cujo julgamento justo, infalível, inexorável e, simultaneamente, misericordioso revela continuamente quem nós somos. As obras de Jesus Cristo nesta peregrinação terrena trazem à luz a nossa condição de homens perdidos e sem qualquer esperança de redenção fora dessas mesmas obras. Lembremo-nos do cético Pilatos e da sua interrogação “ que é a Verdade? ”. Quase sempre, aos nossos olhos há tanta coisa mais importante e urgente do que conhecer a Verdade… basta proclamar a Verdade para ser Rei? Mas, de facto, essa é a razão pela qual Cristo veio a este mundo, a razão pela qual o Pai Lhe deu toda a autoridade: pela causa da Verdade! Não tenhamos ilusões, abramos os nossos olhos em plena confiança, na certeza de que a Palavra de Jesus Cristo, o Juiz supremo, é a Palavra perfeita e

Prudência e Sabedoria

A prudência, à luz da Bíblia, implica um sábio proceder na vivência do dia-a-dia e nas decisões práticas que têm de ser tomadas continuamente por nós. A prudência é também chamada “ a ciência do santo ” (Prov. 9:10), pois o homem piedoso é alguém que nos seus empreendimentos se dá ao trabalho de saber como atuar e de planear de um modo realista a sua ação. O sinal mais evidente da prudência consiste no reconhecimento da soberania de Deus em todas as áreas da vida humana, levando o homem a temer o Senhor e a buscar a Sua direção em todos os momentos e circunstâncias. O homem prudente é verdadeiramente sábio ao reconhecer que todas as suas capacidades vêm de Deus (Tiago 1:17; I Cor. 4:7; II Cor. 3:5). A sabedoria, na Bíblia, não é uma amálgama de conhecimentos intelectuais, consiste no saber viver, num sentido correto das prioridades na ação, no bom discernimento que leva o homem a tomar as melhores opções no seu quotidiano. Ela é fruto duma relação íntima com Deus, do pôr em

Rumo à Pátria

Este foi o tema escolhido pela Sociedade de Senhoras da nossa igreja para a semana especial de cultos que hoje termina. No meio da vertigem que envolve tantas vezes a nossa vivência neste mundo é bom pararmos um pouco para refletirmos sobre o facto de estarmos numa viagem, numa peregrinação rumo à nossa verdadeira pátria, a Jerusalém celestial. Só ali teremos uma moradia eterna, a qual o próprio Senhor Jesus está a preparar para cada um daqueles que são Seus, a Sua família espiritual. Foi Ele mesmo Quem afirmou que iria preparar-nos um lugar, a fim de estarmos para sempre junto d’Ele e sermos participantes da Sua glória eterna. É certo que ao longo desta nossa peregrinação terrena temos de enfrentar lutas, sofrimento, provações várias, pois o caminho é estreito e pedregoso, cheio de dificuldades, em virtude de termos um corpo carnal sujeito ao pecado, o qual aguarda ainda a sua redenção. Mas, o Senhor prometeu estar connosco ao longo de toda a nossa caminhada terre

A revolta secular

Assistimos nos nossos dias a um processo crescente de secularização. O mundo vive cada vez mais distante de Deus, revelando uma profunda revolta contra o Criador e Legislador do universo. Revolta que culmina em ideologias políticas, em pontos de vista mundiais e globalizantes claramente opostos às orientações e ensinos contidos na Bíblia, a Palavra de Deus. Até mesmo os países outrora chamados “cristãos” abandonam a sua fé em Jesus Cristo. Para muitas pessoas, Deus já não tem qualquer significado prático. O povo vive sem Deus e, aparentemente, sente-se bem, pois assim evita os problemas de consciência provenientes do pecado. Mas na realidade, quando o homem não busca a Deus, nem se submente às Suas leis perfeitas e imutáveis, não fica livre como pensa e deseja…cai no domínio dos poderes satânico-demoníacos. Perde toda a norma moral e cria as suas próprias leis, as quais manifestam a realidade de mentes e corações corrompidos pelo pecado: a deificação do poder, do dinheiro,

A escravidão secular

O secularismo tem invadido as nossas igrejas de tal modo que estas se identificam cada vez mais com o mundo. Nos nossos dias, grande parte da vida religiosa da humanidade é meramente materialismo grosseiro. Os objetos do culto religioso, e até o próprio culto tornam-se meios explorados para satisfazer as necessidades meramente materiais ou físicas da vida. O que se chama religião no mundo é, em grande medida, apenas a manifestação de um desenfreado apetite pelo bem-estar material e social, pela satisfação egoísta dos prazeres da carne. A vida do homem moderno, tanto na igreja como no mundo, é governada por uma mentalidade peculiarmente secular: assume tacitamente que a vida humana se limita à experiência dos sentidos e que o seu alvo é o alcance do prazer. O homem contemporâneo não pode, nem quer conceber um caminho que o liberte do estritamente material e terreno. A própria religião, que deveria elevá-lo ao transcendente e ao eterno, fica também ela escravizada à me